domingo, 5 de agosto de 2012

Overcoming por Ellymartins #FANFIC #capítulo10




Capítulo 10

Bella Pov

Parabéns pra mim. Finalmente eu consegui estressar Tanya. Mas eu não
conseguia controlar meu nervosismo. Estava assim desde quando Edward me pediu
em noivado. Não sei bem o que era. Talvez uma felicidade impossível de controlar. Ou
então... pode ter sido a minha conversa com a Jéssica. Ela não se conteve e acabou me
contando que Lauren marcou uma consulta com Edward. E agora ela estava com medo
que ele a demitisse por ter me contado. Não acredito que ele faria isso e tampouco me
passou pela cabeça que ele queria me esconder o fato. Nesses meses em que estamos
juntos aprendi que Edward é uma das pessoas mais sinceras que já conheci. Ele jamais
faria isso comigo.

Não sei ao certo o que ele pretendia fazer a respeito dessa consulta, mas
provavelmente ele queria me poupar. Ou então queria evitar um surto. No fundo ele sabe
que ainda tenho meus altos e baixos e minha autoestima poderia despencar a qualquer
momento.

Nossa semana foi corrida e nos víamos somente à noite. Ele, com seu trabalho e
eu com meus trabalhos da faculdade.

–Vai me dizer o motivo dessa inquietação ou não vai?

Olhei pra Tanya esticada na espreguiçadeira ao meu lado. Manhã de sábado e
resolvemos pegar um pouco de sol. Edward não me pediu segredo a respeito do nosso
noivado, mas como disse que só iria colocar a aliança na frente de todos, eu deduzi que
não era para falar nada.

Logo mais a noite faríamos uma festa na casa dos pais dele.

–Não é nada Tanya. So estou cansada, preocupada demais com a faculdade.

–Sei... e não seria por que um certo psicólogo anda sumido também?

–Ele não está sumido... só estamos nos vendo menos.

–E isso é mais do que motivo para você ficar com essa carinha triste não é?

Dei de ombros e não respondi. Percebi que ela ficou me encarando e depois
suspirou.

–Não está pensando nenhuma besteira ai não né?

–Claro que não.

–Sabe... fiquei muito contente por você ter contado a ele tudo o que o Mike fez. Ele
merecia saber.

–Eu sei. Ele me transmite calma, confiança... eu precisava exorcizar isso. Somente
contando a ele poderia conseguir.

–Mas vou te dizer: se eu fosse você contava pra Jéssica também. Ela nem faz
ideia do que o primo fez e vai acabar convidando-o para nossas saídas. Além do mais ela
é tão sua amiga... vai ficar chateada quando souber.

–Sei la... é tão íntimo.

–Eu sei. Não precisa entrar em detalhes. Diga apenas que ele a magoou, afinal ela
pensa que terminaram o namoro numa boa.

–Será que ela não sabe do caso dele com Victória?

–Pelo que entendi ela pensa que ficaram juntos depois que vocês terminaram.

Tanya estava certa. Jéssica era uma grande amiga, deveria saber que meu
namoro com Mike não terminou de forma tão amigável assim.

–Mike que fique esperto.

–Por que?

–Como por que? Pensa que não reparei no Edward aquele dia no pub? O homem
é um poço de ciúmes.

–Você acha?

–Tenho certeza. E não duvido nada que ele deite o braço se o Mike fizer alguma
gracinha.

Tanya se levantou e ergueu os braços esticando-se toda. Eu ainda me perguntava
como Edward preferiu a mim. Tanya era tão linda. Mas logo afastei esses pensamentos
ao me lembrar que ele não se ligava na aparência de uma mulher. Mesmo assim eu ainda
ficava encabulada com meu corpo... e em como seria quando nós não conseguíssemos
mais nos segurar.

–Tanya posso te perguntar uma coisa?

–Sempre.

–Como é... quer dizer, apesar de ser virgem eu sei muito bem como funcionam as
coisas. Mas é normal eu senti certas reações apenas com um beijo?

Falei, enrubescendo violentamente. Tanya sorriu e depois gargalhou.

–Bella querida, vai me desculpar. Mas esse seu namorado faz a gente ter reações
somente com o olhar. E deixe-me explicar primeiro.

Ela se sentou ao meu lado e segurou minha mão.

–Não estou dizendo que ele me olha do mesmo jeito que olha pra você porque
sabe que isso jamais aconteceu. Mas a gente sente um calafrio só de olhar pra ele. Quer
dizer... eu sentia, não sinto mais. Imagine então você que é beijada por ele. E não só
isso... é amada, idolatrada por ele. O que você sente é mais do que normal.

–Tenho medo Tanya.

Ela rolou os olhos, fez um muxoxo e me olhou de cima a baixo.

–Você é linda, seu corpo é lindo. Nem vem com surto.

–Lindo... puff... sabe que meu quadril é um pouco deslocado.

–Disse tudo: um pouco. Nem da pra perceber. E além do mais o que conta é o
conjunto, e falo de corpo e mente.

Ela se levantou novamente, dessa vez com um sorriso que era pura malícia.

–Vai dar trabalho pro nosso gostosão.

–Nosso uma ova.

Ela riu novamente e se jogou na piscina. Eu ri também, acompanhando suas
braçadas. Entretanto minha atenção não ficou presa a ela por muito tempo. Minha mãe
apareceu na porta da que dava acesso a piscina me procurando.

–Bella, minha flor, seu namorado está aqui.

Por um momento eu me esqueci que não conseguia andar e quase tentei correr.
Como Edward aparecia assim? E eu de biquíni? Com certeza meu rosto iria revelar
meu pânico, mas nada poderia ser feito. Ele já vinha caminhando, lindo como sempre,
bermuda e camisa de malha e a chave do carro na mão.

–Oi...hum... que surpresa.

Falei sem graça. Senti que meu coração dava um solavanco ao olhar seu
rosto. Seus lábios estavam entreabertos e ele olhava cada centímetro do me corpo. A
respiração um pouco acelerada me dizia que... ele gostava do que via!

–Eu...hã... senti saudades.

Mas ele continuou parado, de pé, ainda me olhando como se visse a oitava
maravilha do mundo. Eu fiquei presa ao olhar dele, lembrando-me das palavras de Tanya.
Realmente eu começava a sentir um formigamento estranho em várias partes do meu
corpo. Nem percebi quando Tanya saiu da piscina, aproximou-se de Edward e deu um
tapinha em seu ombro.

–Ei colega... se precisar de um babador pode pedir pra sua cunhadinha.

Imediatamente ele se empertigou, fechou a boca e olhou pra Tanya.

–Engraçadinha!

–Vou deixá-los a sós.

Saiu rindo da cara de Edward e só então ele se aproximou, ajoelhou-se ao meu
lado e finalmente me beijou. Eu abracei seu pescoço, gemendo baixinho, matando a
saudade do seu beijo. Sua mão deslizou pela lateral do meu corpo e parou em minha
cintura, acariciando-a. Seu beijo tornou-se mais urgente assim como aumentou o aperto
em minha cintura.

Eu apertei mais minhas mãos em seus cabelos, empurrando mais sua boca de
encontro a minha.

–Bella...

Ele se afastou, os olhos escuros e novamente ofegante.

–Se você continuar me maltratando desse jeito, eu juro que irei me esquecer do
meu lado “antiquado”.

Ele não precisava me dizer claramente. Eu percebia que ele estava tão alterado
quanto eu.

–Desculpe.

Ele olhou meu corpo novamente e balançou a cabeça.

–Eu só vim... te ver um pouco. Preciso ajeitar umas coisas.

–Posso saber que coisas?

–Seu presente de noivado.

–Ah não Edward! Pra que?

–Na verdade o presente será nosso. Eu irei lhe mostrar amanhã.

–Por que amanhã?

–Porque a noite não da pra ver. E deixe de ser curiosa. Agora eu preciso ir.

–Ah... pensei que teria você o dia todo.

–Acredite-me...é o que mais queria, mas infelizmente...

–Tudo bem. Eu irei fazer uma hidratação no cabelo. Tenho que estar linda para o
meu namorado.

–Noivo. E você é linda sempre.

Voltou a me beijar até me deixar sem fôlego e depois se foi. Não demorou muito e
Tanya voltou sorrindo.

–Quase mata o pobre coitado.

–Pare com isso.

–Mas é sério. Ele ficou sem rumo ao vê-la de biquíni.

–Você vê coisas demais Tanya.

–E você vê coisas de menos. Quer entrar?

–Sim. Você me ajuda a hidratar o cabelo?

–Faz parte do plano de matar o namorado?

–Ah...sua idiota. Me ajude aqui.

Ela pegou a cadeira de rodas que eu usava as vezes e a segurou para que eu me
sentasse nela. Não gostava muito de usá-la mas era necessário quando estava em casa
e queria descansar um pouco do aparelho.

–Vamos lá... projeto matar o namorado de tesão.

–Pare com isso Tanya.

Ela riu alto e empurrou a cadeira para dentro de casa. Eu não deveria ter esse tipo
de pensamento em relação a Edward. Não podia! Mas era inevitável.

*****

Edward estava sentado ao meu lado e parecia tão nervoso quanto eu. Somente a
minha família e a dele estavam presentes. Mas Maryah veio acompanhando Jasper, como
não poderia deixar de ser. E pelo que eu via ele não estava satisfeito, tampouco Alice que
estava carrancuda. Não tinha mais dúvidas que estava rolando um sentimento entre os
dois.

Não sei o que Edward disse para justificar essa festa, mas Esme exagerou um
pouco. Nunca vi tanta comida e bebida para tão poucas pessoas.

Edward não parava de cheirar e beijar meus cabelos, que estavam soltos e
brilhantes com alguns cachos na ponta.

–Amor.. eu já volto.

Levantou-se rapidamente e subiu as escadas correndo. Logo Rose se sentou ao
meu lado.

–Sua danadinha... escondeu de nós.

–Escondi o que?

–Ah qual é? Está na cara que Edward vai te pedir em casamento, noivado, sei lá.
Ele está nervoso e você também está.

–So por causa disso? Deixe de ser boba Rose.

–Dissimulada. Não é só por isso. E essa festa apenas para a família? Ah... ai vem

Ela se levantou depressa e ele ao se aproximar de mim ajudou-me a ficar de pé.
Eu tremia. Era só o que faltava... cair aqui na frente de todo mundo. Mas ele passou seu
braço em minha cintura, segurando-me com firmeza.

–Gente... eu queria todos vocês aqui perto pois tenho algo a dizer.

Carlisle e Esme estavam sentados no sofá com Alice entre eles. No outro estavam
meu pai e minha mãe. Rose, Emmett e Tanya estavam de pé conversando e Jasper com
Maryah a um canto. Assim que eles se aproximaram Edward me olhou um longo tempo.

–Vamos filho... o que tem a dizer?

–Pai, mãe e principalmente Charlie e Renné. Confesso que estou nervoso e sei
que isso vai sair uma merda portanto serei direto, curto e grosso. Nem se eu quisesse
conseguiria disfarçar o quanto eu amo a Bella. Isso mesmo... amor. E eu não sei bem
como lidar com isso, não consigo me imaginar longe dela então... Charlie, Renné eu tomei
a liberdade de pedir a Bella que aceitasse ser minha noiva.

Meus pais, assim como os deles sorriram, mas mesmo assim Edward ainda deu
um aviso.

–Entendam que mesmo que sejam contra ela já aceitou e ninguém irá tirá-la de

Todo mundo riu e meu pai se levantou vindo até nós.

–Calma rapaz... ninguém sequer cogitou essa ideia. Sempre fizemos gosto desse
namoro e agora estamos mais do que felizes com esse noivado. Não interessa se estão
há pouco tempo juntos, o que importa é a intensidade do que sentem. Você tem feito um
bem enorme a minha filha e consequentemente à nossa família. Sei que Renne concorda
comigo e pela segunda vez lhe damos boas vindas à família.

Depois de se certificar que eu estava firme Edward me soltou e recebeu o abraço
forte do meu pai.

–Bella já é da família. E nós a temos como uma filha Edward. É muito bom vermos
vocês dois se ajudando, curtindo um ao outro e por que não? Crescendo juntos.

–Obrigada Esme.

Eu agradeci sentindo meus olhos úmidos. E essa umidade se transformou numa
quase enxurrada de lágrimas quando Edward pegou a pequena caixa de veludo e de
dentro dela tirou a pequena e grossa aliança de ouro que deslizou em meu dedo.

–Eu te amo Bella. E por mim me casaria com você hoje. Mas eu prometi que
seguiria o curso “normal” das coisas. E irei cumprir.

Esperei enquanto ele secava minhas lágrimas e em seguida eu também coloquei a
aliança em seu dedo.

–Eu também amo você. E espero pra me casar com você... o tempo que for.

Edward me beijou suavemente, claramente se segurando para não sermos
indiscretos na frente dos outros.

Alice me pegou de surpresa ao se levantar correndo em direção a cozinha. Mas
logo em seguida eu tive a resposta ao vê-la voltando com um bolo e atras dela uma das
empregadas com taças e uma garrafa de champanhe. Pelo jeito ela era a única da família
que sabia a respeito do noivado.

–Não poderia haver um pedido desses sem um brinde à altura.

Fomos até a mesa onde estava o bolo e esperamos Edward estourar a
champanhe.

–Os noivos primeiro.

Emmett segurou nossas taças e em seguida pegou a garrafa das mãos de Edward.
Ficamos de frente um para o outro e erguemos nossa taça num brinde silencioso. Não
dissemos nada. Nenhuma palavra descreveria nossa emoção nesse momento. Nossos
olhos conectados se encarregavam disso.

Edward Pov

Estava perdido. A cabeça a mil, querendo fazer a coisa certa e o corpo traiçoeiro
reagindo de forma vergonhosa ao toque, ao cheiro, a simples presença de Bella. Eu me
sentia um crápula por desejá-la com tanta intensidade. Mas meu lado apaixonado me
dizia que isso era normal, afinal eu a amava demais. Mas o lado “cavalheiro” negava
veementemente essa ideia. Ela não poderia ser tratada assim. Ela precisava ser adorada,
amada, mas da forma tradicional. Não foi sempre assim? Namoro, noivado, casamento,
sexo. Por que teria que mudar agora? Eu não queria ser visto como os outros homens,
que na maioria das vezes colocavam o sexo acima de tudo. Como se pra amar e viver
feliz ao lado de uma mulher o sexo fosse a base de tudo. É importante, mas não o MAIS
importante.

Estaria eu sendo ultrapassado demais? Não sei. Apenas sei que meu
relacionamento com Bella e minha própria criação exigiam que eu fosse assim.

Entretanto... eu quase coloquei tudo a perder ao ver Bella deitada tão linda na
espreguiçadeira à beira da piscina. Eu já tinha a tinha visto de bermuda ou de vestido
quando estávamos em sua casa nos finais de semana. Era assim que ela ficava quando
queria se ver um pouco livre daquele aparelho. Mas nunca tinha visto em trajes tão...
minúsculos. Foi como se um levasse um soco em meu estômago, mas atingindo de forma
extraordinária a minha libido.

Aquela pele macia, os quadris avantajados e a cintura que imediatamente me
vi apertando. Sinceramente... eu planejava passar a manhã com ela e levá-la para ver
seu presente de noivado. Mas eu não iria conseguir. Eu precisava me afastar dela e
consequentemente afastar aqueles pensamentos odiosamente safados da minha mente.

Sai da casa dela e dei algumas voltas pela cidade. Mais tarde sai com Alice para
buscar o bolo que ela insistia que deveria ter. Não sei como ela faria para escondê-lo do
resto da família, já que ela era a única que sabia que eu pediria Bella em noivado.

E só contei a ela para ver se colocava um pouco mais de alegria em seu rosto.
Estava de baixo astral e acabou me confidenciando que estava gostando do Jasper.
Sinceramente... eu não sabia como ajudá-la. Nunca imaginei minha irmã, antes tão
festeira, até meio cabeça de vento, se sentindo de repente, a mais inferior das mulheres.
Teria que pedir ajuda a Bella, e quem sabe também a Tanya e Rose.

Felizmente eu não dei tanta bandeira quanto imaginei que faria quando falasse
sobre o noivado, principalmente com meus sogros. Não queria que ninguém nos
acusasse de precipitados. Grande idiota. Como se eu não soubesse que eles iriam adorar
essa notícia.

A verdade que embora fosse a primeira vez que reuníamos a família toda, já era
como se todos fizessem parte de uma só família desde sempre.

Acho que posso dizer que esse foi um dos momentos de maior emoção da minha
vida. Merda... se eu chorei agora, imagine quando eu me casar? Sem contar que terei
que aguentar a gozação do Emmett por um tempo. Mas nada disso importa. A aliança...a
minha aliança brilhando no dedo de Bella era quase um sonho. Um sonho que iria se
transformar em realidade quando eu finalmente me casasse com ela.

Ao deixar Bella em casa, já de madrugada eu percebi o quanto seria difícil pra mim
esperar muito tempo para me casar. Eu simplesmente não conseguia me afastar dela!

Voltei pra casa as três da manhã e as seis eu já estava de pé. Em pleno domingo
eu iria bater em sua porta às sete da manhã. Eu tinha pressa. Queria mostrá-la seu
presente.... se ela concordasse, é claro.

Pra mim, a construção da nossa vida juntos iria começar agora... com essa
surpresa.

********

Agora eu percebia os efeitos das horas sem dormir. Meus olhos ardiam como se
tivessem jogado uma colher de areia em cada um deles. E ao meu lado Bella parecia a
rainha da beleza. Como se tivesse dormido por horas.

–Como consegue estar linda as sete da manhã sendo que foi dormir as três?

–Dizem que o amor deixa a gente assim.

–Isso não vale. Se fosse olhar por esse lado eu seria considerado o homem mais
bonito do universo.

–E é... pelo menos pra mim.

Desviei os olhos da estrada e fixei-os em Bella. Essas declarações tão
espontâneas e inesperadas acabavam comigo. Fui obrigado a parar o carro no
acostamento e tomá-la num beijo apaixonado.

–Ja lhe disse que meu coração é fraco? Não pode me falar essas coisas.

–Você me fala sempre.

–Ah Bella...

Murmurei apertando meus lábios em seus cabelos.

–Às vezes acho que não saberei lidar com isso. Parece um vício... ficar com você,
não consigo ficar longe.

–É assim comigo também.

–É bom saber disso... não sou o único maluco, afinal.

Dei a partida novamente e pouco depois chegávamos ao nosso destino. Uma área
enorme quase chegando a La Push.

–Chegamos.

–Mas... esse é o terreno do Billy. O que estamos fazendo aqui?

Ajudei-a a sair do carro.

–Sim... é o terreno dele.

–Billy sempre quis construir uma casa aqui para a mãe do Jake. Mas...

–Eu conheço a história. Jake me contou.

Falei olhando-a meio de lado. Ela franziu o cenho e me encarou.

–Quando?

–Quando eu o encontrei por acaso e falei que queria comprar um terreno.

Ela engoliu em seco, já adivinhando o que eu queria dizer. Parei à sua frente, as
duas mãos envolvendo sua cintura.

–Você gostaria de morar num lugar assim?

–Eu poderia dizer que moraria em qualquer lugar onde você estivesse, mas esse
lugar é lindo.

–Venha cá...

Fui com ela até o carro e encostei-a na lateral ficando novamente a sua frente,
mas com o corpo colado ao dela, assim ela poderia soltar as muletas. E foi o que ela fez e
eu as coloquei ao lado da porta. Segurei seu rosto olhando em seus olhos.

–Entende que eu quero construir tudo com você? E digo tudo mesmo?

–Sim.

–Primeiro que seria muito difícil encontrar aqui uma casa que se adequasse
às “nossas” necessidades. Iriamos ter que reformar alguma coisa. Então eu pensei... por
que não fazermos tudo juntos? Desde a compra desse terreno até mobiliar nossa casa?
Somente eu e você Bella. Iremos discutir com um profissional tudo o que queremos: nada
de escadas, portas mais largas, um banheiro espaçoso... vamos acompanhar tudo juntos.

Ela balançou a cabeça, sorrindo.

–Eu vou amar fazer isso com você.

–E confesso que essa é uma forma de não querer me casar com você nas
próximas vinte e quatro horas. So iremos nos casar quando nossa casa estiver pronta...
sem faltar um único detalhe.

–Você...

Ela soluçou e eu previ que viriam lágrimas.

–Mesmo sabendo que está feliz, não gosto de vê-la chorando.

–Sabe que está me proporcionando coisas que jamais ousei sonhar pra minha

–Fico feliz de nunca ter sonhado em viver isso com outro homem. Só pode sonhar
comigo... você nasceu pra ser minha... Apenas isso.

Ela passou os braços em volta da minha cintura e a cabeça em meu peito. Mas eu
segurei em seu queixo, erguendo sua cabeça.

–Construindo tudo juntos?

–Sempre juntos.

Agora sim eu a abracei com força e beijei. Mas sendo um completo apaixonado
não deixei de pensar que só iria me casar depois de ver minha casa de pé... então eu
teria que apressar um pouco os responsáveis pela obra.



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