quinta-feira, 5 de julho de 2012

FanFic - Pulsação por Fernanda B. @belrfit #One-Shot Parte2



Parte II
Nós continuamos somente nos beijando por um momento. Às vezes o beijo era calmo, outras vezes ele era mais rápido e vigoroso. Até que ele se tornou mais profundo e eu podia sentir a sua língua se enrolando pelas costas do meu lábio inferior e em seguida tocando a minha. Eu senti o meu sangue esquentar embaixo de minha pele e a minha pulsação soar tão forte que eu conseguia ouvi-la em minha cabeça. Imaginei se ela chegava até Edward e se ele podia ouvi-la. Meu coração martelava em meus ouvidos. Edward pareceu perceber como o meu corpo respondia a ele e deu mais um passo, tirando a sua blusa de malha fina. A pele que cobria o corpo dele era como seda em meus dedos.
Eu toquei, hesitante a princípio, a pele se seu ombro. Desci pelo contorno do músculo e escorreguei para o seu peito. Enquanto descia por sua barriga com uma mão, infiltrei a outra em seus cabelos, puxando-os quando um arrepio passou pelo meu corpo. Edward gemeu. Imaginei se eu o tinha machucado, mas então ele pressionou o meu corpo contra as prateleiras do armário e investiu contra ele, seus quadris vindo com força contra os meus. Ainda que ele usasse calça jeans e eu também, consegui sentir a sua ereção entre as minhas pernas. Eu ofeguei de susto e prazer. Arregalei meus olhos. Edward não notou o meu sobressalto e continuou me beijando. Eu toquei seu peito e o empurrei para trás, querendo espaço. Ele me olhou com confusão tingindo os seus belos olhos.
— Eu quero tirar a minha blusa também — sussurrei para ele. Um sorriso suave cresceu em seus lábios e ele só falou depois de seus olhos analisarem a minha expressão.
— Sim, eu acho que nós podemos fazer isso — concordou. O sorriso nunca sumiu de seus lábios. Suas mãos alcançaram os botões da minha blusa de baixo para cima. Ele foi tirando os botões de suas casas, um a um. Conforme a blusa ia ficando mais aberta, mais por minha pele as mãos de Edward deslizavam. Elas contornaram a minha cintura e massagearam a pele mais macia do meu quadril. Ele pareceu aproveitar a deixa para desabotoar a minha calça. Não desceu o zíper, embora. Quando o último botão da blusa foi liberto, Edward correu suas mãos para as abas da blusa e as abriu, fazendo com que a peça de roupa escorregasse por meus ombros e meus braços e caísse no chão sem fazer barulho. Com o seu polegar, ele traçou a minha bochecha enquanto me encarava com os seus olhos carinhosos. Uma onda de coragem me abateu e eu resolvi agir antes que ela sumisse e fosse tarde demais. Curvei o meu braço para as minhas costas e achei o feixe do meu sutiã, abrindo-o com uma mão só. Encolhi meus ombros para que as alças escorregassem e deixei a peça deslizar pelos meus braços. Edward segurou-a antes que meus seios ficassem completamente expostos.
— Eu achei que estava tudo bem tirar mais — disse baixinho, temerosa agora. Toda coragem sumira e tudo o que me restara fora a minha timidez e a minha insegurança. Abaixei meus olhos. Com a sua mão, Edward levantou o meu queixo. Mas me mantive firme em minha decisão de não encará-lo.
— Olhe para mim — ele sussurrou. Ainda insegura, ergui meus olhos para os seus. Duas poças verdes de esmeralda brilhavam a minha frente. Sua mão sumiu do meu queixo e senti-a em meu braço no mesmo momento em que sua outra mão alcançava o meu outro braço. As alças de meu sutiã estavam sendo conduzidas para baixo por ambas as mãos. — Eu apenas queria ter o prazer de fazê-lo — ele explicou amavelmente. Meu coração era como um trem em movimento agora. Edward sorriu e pela segunda vez perguntei-me se ele poderia ouvir. No instante seguinte eu estava sem sutiã. Senti minhas bochechas corarem quando eu senti o ar morno roçar em minha pele. Eu não deveria estranhar. As pessoas não tomavam banho de sutiã e eu sempre sentia o ar em contato com a minha pele em momentos como esse. Mas algo me disse que isso era diferente. Sequer o ar era o mesmo. Senti meus seios ficando mais pesados e então mais ainda quando Edward correu seus dedos pela pele nua de minhas costas, por cima da minha coluna. Os pelos dos meus braços se arrepiaram e os da minha nuca também. — Você é linda — ele disse.
Ele fazia com que eu me sentisse linda. Seus polegares contornaram a minha costela e pararam embaixo de meus seios. Eu me enchi de expectativa pelo momento. Os segundos transcorreram através de mim com uma lentidão exagerada até que eu finalmente senti as mãos dele em contato com a minha pele. Eu podia sentir meus seios enrijecendo com o toque dele. Fechei meus olhos e mordi meu lábio inferior para me impedir de ser barulhenta. Minha pele formigava onde ele tocava, e eu conseguia sentir uma vontade mais profunda crescendo em mim. Cruzei as minhas pernas e traguei o ar com força. Eu sabia o que aquilo significava, a sensação crescente na boca do meu estômago e entre as minhas coxas. Edward sugou o meu pescoço e foi deixando um rastro molhado pelo meu peito até o vão dos meus seios. Ele beijou o meu mamilo e eu soltei um pequeno gemido envergonhado, sem saber como lidar com aquelas sensações. Tudo era novo.
Uma vez eu quase fui em frente com Jake, o ex-namorado meu que Rose acreditara que eu havia feito sexo. Mas eu desisti quando ele tocou em meus seios nus. Eu não conseguia lidar com aquilo mais e o empurrei, dizendo que ainda não era a hora certa. Eu havia pegado a minha blusa, vestindo-a, e só então alcançado o meu sutiã. Ele nem chegara a encostar em minha calça. Cruzara os meus braços em frente aos meus seios. Jake disse que se dependesse de mim, ele esperaria para sempre. Aquele havia sido o motivo de nosso rompimento, não a mentira que eu inventara para Rosalie. Naquele momento, eu imaginara seeu não era a culpada e que talvez houvesse algo de errado com o meu corpo. As mãos de Jake tinham me parecido ásperas e rudes demais.
Ao contrário das mãos de Edward. Não havia nado de errado comigo, eu finalmente percebi. Eu estava certa antes. Aquele não era o momento certo. (E Jake não era o cara certo.) Eu também não acreditava que dentro do armário com um cara que eu via pela primeira vez era, mas eu estava disposta a fazê-la se tornar. Eu tornaria o momento e o cara, ambos certos para mim.
Chutei a minha rasteirinha para fora dos meus pés e me preparei para o meu próximo movimento. Corri meus dedos até a fivela do cinto de Edward. Com um ponco de dificildade, consegui abrí-la. A boca de Edward em meus seios também não ajudava no meu racioncínio. Desabotoei o botão justo e desci o zíper. Edward foi descendo a sua boca pela minha barriga, deixando meus seios úmidos e desejosos. Suas mãos alcançaram o topo da minha calça já desabotoada e com o zíper aberto e puxaram-na para baixo com leveza. Conforme minha calça corria pelas minhas pernas, Edward ia beijando as partes expostas de minha pele. O tecido pesado finalmente caiu no chão com um vigoroso wooosh e Edward me instruiu a levantar uma perna de cada vez enquanto ele o desenroscava de meus pés. Ele deixou a minha calça de lado e me encarou.
Agachado, sua calça estava um pouco caída por seus quadris, deixando uma faixa de sua boxer azul-marinho visível aos meus olhos. Eu senti meu rosto se avermelhando pelo jeito que ele me encarava. Era diferente. Como tudo com ele parecia ser. Fiquei um pouco frustrada em usar a minha calcinha preta de algodão ao invés de seguir o conselho de Rosie e vestir a lilás de renda. Era apenas que renda era tão desconfortável e ficava pinicando o tempo todo... Edward, entretanto, não pareceu se importar pelo que eu estava vestido. Ele se inclinou e beijou a parte interna de minhas duas coxas. Seu nariz correu pela barra de minha calcinha e eu me agarrei às prateleiras para não cair. Minhas pernas estavam bambas.
— Tudo bem se eu me livrar das minhas calças também? — Ele me surpreendeu com o seu sussurro. Eu assenti rapidamente. Estava mais que tudo bem; isso era desejado. Ele chutou os seus tênis para fora de seus pés e arrancou as suas meias, para depois se livrar de suas calças jeans. Eu admirei suas pernas pálidas. Antes de jogar a sua calça jeans para o lado, pegou algo no bolso dela. — A gente vai precisar disso. — Ele colocou o preservativo na prateleira em que eu estava apoiada. Me senti um pimentão. Edward deixou uma risada baixa escapar e virou os seus olhos admirados para mim, tocando os pontos vermelhos em meu pescoço e minhas bochechas. — Você fica mais linda corada. Só lamento que não haja luz suficiente para eu te admirar completamente.
Abaixei meus olhos, envergonhada. Tive certeza que isso era uma má ideia quando vi a sua boxer esticada por sua ereção. Cravei meu olhar em seu peito, sem coragem de olhar para nenhum lugar mais. Mordi o interior de minhas bochechas, mortificada por minha reação. Isso era normal. Eu tive aula de biologia, portanto não deveria reagir desse jeito. Eu era a merda de uma menina inexperiente. Decidi não agir como uma. Eu beijei o pescoço de Edward e suguei o lóbulo de sua orelha. Ele gemeu e me abraçou, apertando ainda mais seu corpo contra o meu. Fiquei contente com a pressão. Meu corpo todo queimava. Seus braços me envolviam e mais uma vez ele me pressionou contra as prateleiras. Aquilo fazia o abraço de Jasper parecer coisa de irmãos.
Eu alcancei a boca de Edward e senti ele acariciando a minha língua com a sua gentilmente. Ele era tão gentil em todas as partes e em todos os momentos que fazia com que os meus olhos ficassem rasos de água. Eu a impedi de cair, reprimindo-a. Seu polegar correu pela minha cintura e eu sorri por entre o beijo, apreciando o carinho. Os meus seios estavam pressionados contra o seu peito e eu gostava do caminho que isso levava. De minha cintura, seu polegar correu pela minha costela e acariciou o lado dos meus seios. Eu me senti querida.
Quebrando o beijo, Edward me afastou. Eu não falei nada e ele também se manteve mudo, nós sabíamos o que viria a seguir. Seus olhos brilhavam um pouco mais agora do que na primeira vez que eu os vi. Ele se abaixou e retirou a sua cueca. Eu permaneci parada. Ele alcançou a minha calcinha em seguida e a abaixou até os meus pés, em nenhum momento encarando o meu corpo, apenas para não me deixar desconfortável.
O meu peito queimou de agradecimento pelo seu gesto.
Ele colou seus lábios nos meus quando endireitou a sua postura. Vi sua mão vagar até a prateleira, onde estava o preservativo e o pegar. Seus olhos continuavam focados nos meus. Ele rasgou a embalagem sem olhar para ela e também o vestiu da mesma maneira. A expressão de seu rosto nunca mudava. Calma, suave, passiva; confiante.
Ele me segurou pelos quadris e eu me apoiei na prateleira para ajuda-lo a me levantar, embora eu tivesse certeza que a ajuda foi meio precária. Eu abri as minhas pernas e envolvi os seus quadris com ela. Edward manteve o seu quadril parados, esperando que o meu fosse até ele. No começo, tudo o que eu sentia era uma excitação crescente em meu baixo-ventre. Eu queria aquilo. Esperara por esse momento — esse movimento — uma vida toda, praticamente. Vinte anos. Isso foi até a dor surgir. Edward havia tornado isso tão fácil quanto pôde para mim, mas ainda assim doía como o inferno. Eu prendi um grito, mas me obriguei a ir até o final. Esperei que ele brigasse comigo por eu não ter lhe contado e quisesse parar tudo. Esperei ver o típico orgulho masculino estampado em seu rosto quando ele notasse. (Igual ao que surgiu no rosto de Jake quando eu lhe contei que era virgem.) Esperei até que ele não tivesse se dado conta e continuasse com os movimentos. Mas eu certamente não esperei a sua reação.
Edward beijou as minhas pálpebras, que eu só percebi que estavam encharcadas quando as lágrimas vazaram. Ele não disse nada. Em nenhum momento. Ele não se mexeu. Ele apenas continuou com os beijos e os carinhos com suas mãos. Isso foi um longo tempo até que eu sentisse algum prazer. Necessário para mim, mas agonizante para ele. Eu podia senti-lo tenso dentro de mim. Gentileza transbordava pelos poros de Edward, e eu me sentia realmenteemocional naquele momento. Eu sabia a mecânica de tudo, mas jamais adivinharia como eu deveria me sentir. Eu funguei baixinho, só então notando que ainda restavam algumas lágrimas.
— Ainda está doendo muito? — ele perguntou preocupado.
Eu parei antes de responder, querendo ser sincera com ele. Eu podia sentir novamente os pelos do meu braço e de minha nuca eriçados e toda aquela expectativa — menor, claro — no meu estômago. Eu experimentei fechas os olhos e me concentrar apenas no ponto em que estávamos ligados. A dor estava lá, mas havia algo mais. Vibrante, que ameaçava me tomar por completo.
— Não — eu sussurrei. — Se você quiser tentar... — disse vagamente, ainda sussurrando.
Edward balançou o seu quadril para frente e para trás suavemente e eu não me mexi. Ele levou isso como um incentivo e fez novamente. A sensação vibrante cresceu. Ela crescia gradativamente com os seus movimentos suaves e calmos. Senti suas mãos fecharem em punhos nas minhas costas e vi que ele não iria aguentar mais. Ele fechou os olhos e acelerou minimamente os movimentos. A dor passava despercebida perto do que ele estava me proporcionando. Edward gemeu, me apertou em seus braços e escondeu o seu rosto em no vão de meu pescoço, ficando com um pouco do meu cabelo grudado na sua testa. Ele deu mais um impulso forte contra o meu quadril e parou, estremecendo contra o meu corpo. Eu podia sentir o seu peito suado contra o meu e a sua respiração arfante em meu pescoço. Seus braços ainda estavam em volta de mim. Aquela era a sensação mais incrível que eu já sentira na vida. Eu ainda estava sorrindo quando Edward me alcançou pela cintura e me ajudou a descer. Eu desenrolei meus pés de sua cintura e os coloquei no chão. Edward não me olhou mais. Ele retirou o preservativo e deu um nó no látex, jogando-o no lixo que eu nem fazia ideia que existia aqui no armário. Fiquei satisfeita ao ver que Edward havia sentido prazer. Uma sensação incrível se instalou em mim.
Vi Edward vestir a sua cueca boxer e a sua calça, ainda sem fechar o zíper ou o botão. Eu rapidamente vesti a minha calcinha de volta e a minha blusa, sem sutiã, abotoando apenas alguns botões — o suficiente para tampar a visão de meus seios. Edward encarou os seus pés até que me olhou, finalmente. Eu já estava sentindo toda a insegurança voltar nessa hora. Seus olhos pareciam arrependidos e eu não conseguia ver o porquê. Esperei que não fosse pelo motivo que eu imaginava.
— Me desculpe — ele disse e desviou os seus olhos novamente. Seu cabelo caía adoravelmente sobre os seus olhos. — Eu não pude fazer isso bom para você. Você ficou... muito decepcionada? — perguntou hesitante. Os olhos verdes me alcançaram.
Ele estava brincando, não é? Ele só podia estar brincando.
— Eu sei que não são todas que conseguem... você sabe. Não na primeira vez. — Eu podia não ser mais virgem, mas de jeito algum eu conseguiria falar a palavra “orgasmo” sem gaguejar ou corar agora perto de Edward. — Foi desconfortável e possivelmente doloroso no início. Mas, de qualquer forma, foi maravilhoso. — Eu dei alguns passos até ele e peguei a sua mão. — Mesmo. Então, respondendo a sua pergunta, não. Eu não estou muito decepcionada. Nem um pouco decepcionada. Prometo.
Consegui arrancar um sorriso de Edward. Afastei a mecha linda de cabelo que estava caída em cima de seus amáveis olhos verdes e ele finalmente me olhou. Ele me abraçou o nós estávamos encostados na prateleira de novo. Nós ficamos alguns instantes ali, abraçados e mudos. Edward foi o primeiro a quebrar o silêncio.
— Bella — ele me chamou, dizendo o meu nome pela primeira vez. Eu sabia que Rosie havia falado o meu nome para ele desde o princípio. Gostei de como ele soou através de seus lábios. Era encantador. — Você pode dizer o meu nome agora?
— Por quê? — eu perguntei sem dizer seu nome, o provocando — ansiosa para tirar outro sorriso dele.
— Eu queria saber a... sensação... — Ele grunhiu e colou a sua testa na minha, me encarando. — Você pode apenas dizer sem que eu tenha que explicar? Eu não quero parecer um idiota.
— Você não me parece um idiota, Edward. — Ele grunhiu mais uma vez. Senti os seus quadris contra os meus e lamentei o fato deu estar vestindo a minha camiseta novamente e a minha calcinha. Edward já estava com a sua calça jeans e as suas cuecas boxers no lugar, embora o zíper de sua calça e o botão ainda continuassem abertos. Ele acariciou o meu maxilar com a sua mão e respirou profundamente com os olhos fechados. Eu comecei a desabotoar a minha blusa novamente, mas fui impedida por ele.
— Não — Edward disse. Decepção me corroeu. — Eu pretendo fazer isso da maneira correta agora. Primeiro alguns encontros. Acho que quatro é o número ideal. Depois eu te peço em namoro e então — ele puxou o ar com a fala —, só então nós fazemos amor de novo. E será prazeroso para você, eu prometo.
Uma lembrança voltou em minha mente. O fato de eu achar a expressão “fazer amor” brega. O fato de eu não achar que sexo merecesse ser ligado a amor. Não por causa do modo como as pessoas levavam isso hoje, transando com estranhos e não se lembrando dos rostos deles no dia seguinte. Mas o modo como ela escapou pelos lábios de Edward me fez mudar de ideia. “Fazer amor” era uma expressão linda. Eu o beijei, querendo saber se seus lábios mantinham o sabor das palavras. Eles pareciam mais doces que nunca. Sua mão correu pelas minhas costas e eu percebi que iríamos quebrar o seu cronograma composto por planos precisos. Eu morria por senti-lo novamente.
Nós não iríamos conseguir esperar quatro encontros e o começo do namoro.

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