terça-feira, 26 de junho de 2012

A NOVA VIDA POR @OHYEAHROB #FANFIC #CAPÍTULO16


Capítulo 16


POV_BELLA

Eu me sentia feliz e completamente ansiosa para contar a novidade a todos da casa. Mas quando cheguei, encontrei uma Alice completamente nervosa.
-O que houve Alice? Perguntei preocupada.
-Bella, minha mãe está grávida. E pelo que eu entendi o filho é de Carlisle.

Eu já havia notado que eles tinham ficado muito íntimos ultimamente, mas não imaginava que já tivesse chegado... Er... Aos finalmente. Mas eles eram duas pessoas maduras e sabiam o que faziam. Mas eu realmente temia pelas crianças. Será que Carlisle estaria pronto para ser pai novamente. Ele estava se esforçando com Thomas, isso era claro, mas ainda sim eu temia. Não queria ver Esme infeliz. Todos esperavam na sala, ansiosos para saber essa história corretamente. Eles estavam presos no escritório há muito tempo, e quando saíram, seus semblantes eram felizes e tranquilos. Eles estavam com as mãos entrelaçadas e isso me fez sorrir. Alice quicava ao meu lado e Edward tinha um pequeno sorriso nos lábios. Thomas estava ali também, mas completamente alheio aos acontecimentos.
-Temos algumas novidades. Disse Carlisle com um sorriso que iluminava a casa toda.
-Esme está grávida e nos vamos nos casar. Disse ele meio hesitante. Edward sorria. Thomas não entendia muita coisa e Alice estava paralisada. Isso preocupou Esme.
-Filha, vamos ali ao escritório conversar? Chamou ela. Alice não respondeu e nem se moveu, mas de repende ela pulou e correu até a mão para abraçá-la.
-Estou tão feliz. Tipo, eu vou organizar tudo. A festa o vestido convidados. Bella você vai me ajudar. Ai meu Deus, três bebês de uma vez só, vamos abrir uma creche assim. Ela falava tudo em um fôlego só, e Esme respirou aliviada. As coisas estavam começando andar novamente. E eu sabia que agora estava indo no caminho certo. A única coisa que me preocupava era o sumiço de Renné.

POV_CARLISLE

Depois dos momentos que vivi com Esme aquele dia, nunca mais deixamos de nos ver.  Eu disse a ela cada coisa que eu fiz. Cada um de meus erros e mesmo assim ela me deu apoio, ficou ao meu lado. Ela era uma mulher forte, e estava me dando muita força também. Parte de minha alegria era por causa dela, outra parte por causa de meus netos e a maior de todas era Edward. Ele estava me tratando diferente. Olhava-me com carinho e me chamava de pai. Era tudo o que eu queria.  Se um dia ele se lembrar dos meus erros, eu começaria tudo de novo. Quantas vezes fosse preciso, mas eu nunca desistiria de reconquistá-lo. Esme pediu para conversar comigo. Bella estava no médico com Edward, finalmente saberíamos o sexo dos anjos.
-Carlisle? Chamou Esme da porta.
-Entre querida. Ela sorriu timidamente e veio até mim, me dando um beijo calmo nos lábios. Fiz ela se sentar em meu corpo e esperei ela falar. Ela estava muito tensa.
-Estou grávida. Disse direta. Eu fiquei paralisado alguns minutos. Meu Deus. Você está sendo muito generoso comigo. Eu não poderia acreditar em outra forma de melhorar minha vida. Ou melhor, eu teria sim, eu precisava casar com essa mulher que me fez acreditar no amor novamente. Amor de homem para mulher. Amor verdadeiro.
-Você está bem? Perguntou preocupada. Fiz ela se levantar e me ajoelhei em sua frente, segurando sua cintura.
-Carlisle... O que...?
-Desculpe-me por não ter nada preparado, mas eu vou falar o que estou sentindo. Você trouxe o amor de volta para mim Esme. Um amor diferente do que eu sinto por meu filho. Eu vou ser eternamente grato por você estar em minha vida, e aparentemente me amar também, e esse filho... Meu Deus... Eu alisei sua barriga carinhosamente. Agora eu entendia o que Edward sentia. Meus olhos estavam marejados, eu não tinha vergonha das lágrimas. É uma das melhores coisas que me aconteceu. Case-se comigo Esme. Deixe-me mostrá-lo como vou ser um marido ideal, o pai perfeito.
-Oh Carl, é claro que eu aceito, eu me caso com você. Levantei-me as presas e tomei seus lábios entre os meus. O amor misturado com o desejo estava tomando conta de mim. Esqueci-me de todas lá fora, apenas me concentrei em amar a mulher que esperava um filho meu. Entregamo-nos ao desejo ali mesmo, com todo o amor e carinho, para não machucar meu bebê. Meu filho. Minha nova vida. Quando finalmente saímos do escritório, todos estavam reunidos na sala a espera de alguma manifestação. Eu me sentia constrangido, será que estava na cara que havíamos feito sexo ali mesmo, em cima da mesa do meu escritório?
-Temos algumas novidades. Disse rindo feito um adolescente bobo e apaixonado.
-Esme está grávida e nos vamos nos casar. Eu temia a reação deles, principalmente da menina, Alice. Todos pareciam felizes com a notícia, mas quem eu mais temia estava em choque, Esme estava tensa ao meu lado.
-Filha, vamos ao escritório conversar? Pediu ela. A menina olhava para algum ponto sem importância, como se estivesse longe, pensando em outras coisas. Mas do nada ela pareceu voltar para a realidade. Ela estava feliz. Esme suspirou aliviada. Eu estava aliviado também. Finalmente as coisas estavam dando certo.
-Estou tão feliz. Tipo, eu vou organizar tudo. A festa, o vestido, os convidados. Bella você vai me ajudar. Ai meu Deus, três bebês de uma vez só, vamos abrir uma creche assim. Sorrimos com suas palavras. Mais eu ainda tinha um assunto importante para resolver. E não podia esperar mais. Quando Sam chegou, chamei Esme para se juntar a nós. Ela também tinha o direito de saber como as coisas aconteceriam de agora em diante, eu tinha contas para acertar com a justiça.
-Esme, como eu te disse antes, eu vou me entregar para a polícia. Eu não sei se agora é o momento certo, por causa da gravidez, estou realmente sem saber o que fazer.
-Sam, quando tempo acha que ele vai ter que ficar preso? Perguntou ela com a expressão triste. Segurei sua mão para transmitir-lhe calma.
-No máximo um ano, depende da decisão do juiz, provavelmente vai poder sair antes do previsto pelo fato de estar se entregando e também por bom comportamento. Ele pode prestar serviços lá dentro também.
-Eu não queria que você fosse, mas se é necessário, acho que o correto seria você ir agora, não quero que fique longe de mim e do bebê quando ele nascer. Mas infelizmente você não verá o nascimento dele e nem de seus netos. Era essa a pior parte. Não poder estar presente em um momento tão importante. Mas como eu explicaria meu sumiço para Edward e Thomas? Eu não queria mentir para eles, principalmente para Edward, mas se falasse que estava indo me entregar para polícia, provavelmente ele se lembraria de alguma coisa, e isso definitivamente estava fora de questão. Mas havia uma solução, e ela poderia dar certo. Aproveitei que Edward estava no banho e Thomas dormindo para falar com o resto da família. Eu falaria com eles depois, em particular. Alice, Bella, Esme e Sam estavam sentados cada um em uma cadeira de meu escritório.
-Esme, você já conversou com Alice correto? Perguntei apenas para verificar.
-Sim, ela já está a sabendo de tudo.
-Certo, é o seguinte, eu reuni você aqui para anunciar que vou hoje me entregar para a polícia. O clima do ambiente era muito pesado. Ninguém falava nada, pois somente eu que deveria falar.
-Não sei ao certo quanto tempo fixarei ausente. Mas eu quero pedir a cada um de você para serem fortes. Bella cuida bem dos meus netos, infelizmente não vou estar presente para vê-los nascer, mas saiba que vou ser o avô mais dedicado de todo o mundo. Cuide de você também, é claro. E principalmente de Edward. Ele precisa de você mais do que qualquer coisa.  Você é o porto seguro dele e o meu também. Você é a pessoa que eu sei que vai cuidar dele na minha ausência.  Alice se cuida garota, e cuide de sua mãe também, não a deixe fazer nenhum esforço. Quero anunciar que o Sam vai ficar um bom tempo aqui. Ele vai cuidar do bem estar e da segurança de vocês. Sempre que precisarem de algo, pesa a ele. Vi que Alice e ele trocaram um olhar cúmplice e isso me fez sorrir. Ela estaria em boas mãos caso se  envolvesse com Sam. Esme, cuide de nosso pequeno. E cuide de si mesma.  Meus olhos estavam banhados em lágrimas. Eu já amava tanto cada uma daquelas pessoas. A dor em meu peito me machucava, mas não era nada perto do que eu sentiria depois, quando estivesse longe deles.
-Saiba que eu amo cada um de vocês, e quero que fiquem bem e felizes durante minha ausência. Quero pedir para que ninguém vá me visitar. Eu preciso desse tempo para meditar, para voltar completamente renascido para vocês. De certa forma eu realmente vou ser outra pessoa. Eu já aprendi com meus erros, mas essa é a oportunidade para eu refletir novamente. O silêncio era total ali. E antes que eu notasse, senti os braços quentes de Bella ao meu redor. Pequenas lágrimas corriam por sua bochecha.
-Eu também amo você Carlisle, vou cuidar das pessoas que você ama muito bem. Obrigado por seu esforço admiro isso em você. É como um pai para mim. Faz-me lembrar de meu pai, você batalha para se erguer novamente. Eu tenho orgulho de tê-lo por perto e tenho certeza que Edward também. A pior parte de todas foi quando Esme veio se despedir. Eu mal havia ganhado seu coração e já estava me afastando. Isso era trágico. Afaguei carinhosamente a barriga das mães e em uma promessa silenciosa, prometi que voltaria para meus netos e filho. A casa parecia estranhamente sombria. Não havia vida muito menos alegria. Edward notou o clima tenso mais preferiu não falar nada. Chamei-o e Thomas para meu escritório. Era o pior momento. Eu não tinha outra escolha, a não ser dizer isso.
-Meninos, eu vou ter que me ausentar por um longo tempo. Thomas estava meio perdido, mas Edward estava tenso.
-Por quê? Perguntou.
-Eu fui chamado para fazer parte de uma ONG. Eu faço parte de um grupo de médicos que estão indo para a África, lutamos contra a AIDS e a malaria. Não era completamente uma mentira. Eu realmente ajudaria pessoas com meu trabalho.
-Por quanto tempo? Perguntou Edward com a expressão triste.
-No máximo um ano. Sussurrei.
-Eu acho bonito o que esta fazendo. Mesmo que vá ficar longe de nós por todo esse tempo, não vou me opor a nada. Eu me sentia culpado por estar mentindo, mas eu não poderia dizer a verdade. Em hipótese nenhuma.
-E você campeão, vai sentir falta do papai? Perguntei quando peguei Thomas nos braços.
-Me leva junto pai, prometo ficar quietinho num canto.
-Não posso filho. Mas eu prometo que você escrever carta para vocês toda a semana, o que acha?
-Vou sentir sua falta. Sussurrou Edward. Isso me desarmou. Meus olhos ficaram complemente encharcados por causa das lágrimas.
-Eu amo você dois mais do que a mim mesmo. Vocês são as minhas maiores alegria. Thomas estava agarrado ao meu pescoço e sem nenhum constrangimento Edward veio até nós e se juntou ao abraço. Agora eu tinha certeza que estava fazendo a coisa certa. Eu queria ir logo, para voltar o quanto antes para minha família. Eles eram tudo para mim, e eu faria tudo por cada um deles. Eles estavam na varanda da casa. Com lágrimas nos olhos. Mas eu não me permitir chorar. Pois eu ainda voltaria para eles. Estava no carro de Sam, ele estava me levando para a delegacia.  Agora começaria uma nova face de minha vida. Eu teria um ano para renascer.

POV_BELLA

INVERNO. PRIMAVERA. VERÃO. Os dias se passavam correndo. Minha barriga crescia gradativamente, dia após dia, assim como a de Esme. Não tocávamos no nome de Carlisle. Apenas Thomas e Edward, que não estavam cientes dos reais motivos de sua ausência, que sempre falavam no pai. Ele fazia uma falta incrível. Seu jeito protetor, amoroso e paterno havia conquistado a todos nós. Edward estava ainda mais amável e carinhoso. Mimava-me, agüentava meus hormônios a flor da pele, fazia tudo com um amor que me derretia. Sem contar que meu apetite sexual aumentou consideravelmente. Era como os desejos que eu sentia. Eu tinha desejos sexuais também, e ele atendia prontamente. Eu já estava no final do oitavo mês. Meus pés já não me agüentavam mais. Eles estavam inchados e doloridos. Alice fez uma seção de fotos minhas e de Esme com as barrigas de fora, escrito os nomes dos bebês com batom. Mas no meu caso era apenas o nome de Enzo, pois Edward só iria escolher o nome de nossa menininha, na hora que ela estivesse em suas mãos. Carlisle já havia escolhido o nome de seu menino. Sim, ele estava esperando um menininho. Mais um. O nome dele seria Aidan. Carlisle havia escolhido, já que Esme pediu. Thomas estava outro garoto. Não era o menino tímido de meses atrás. Ele sentia muita falta de Carlisle, mas o tempo que passava com Edward e Sam eram suficientes. Sim, Sam freqüentava a casa constantemente e eu desconfiava que o motivo fosse Alice (Nota da autora: Minha Alice não serve para o Jasper, espero que entendam).  Edward já havia recuperado o tempo que ficou fora da escola e Thomas estava na escola da cidade. Eu estava com matrícula da faculdade trancada, mais ainda queria me formar. Depois, quando as crianças estivessem grandes, eu poderia voltar a cursar. Estávamos na sala, todos reunidos. Esme sentada com as mãos na barriga, Alice e Sam brincavam com Thomas e o Edward massageava meus pés, enquanto eu me entupia de chocolate. Até Maria estava por ali, ela podia ser a empregada, mas era muito querida por todos. Sam estava estranho, olhava para o relógio toda hora. Era como se ele estivesse com pressa de ir embora. Deixei isso de lado e permiti que meu corpo relaxasse com as mãos de meu namorado que me massageava freneticamente. Eu já sentia o desejo crescer dentro de mim. O tempo aqui em Forks era o mesmo. Podia ser verão, mas a chuva caia constantemente. E aquelas chuvas de verão eram muito violentas, com ventos fortes. Eu tinha medo disso quando era criança, mas agora Edward ficava comigo, segurando minha mão, então eu não tinha mais medo. Um barulho estranho veio da porta e todos prestaram atenção na mesma, apenas para notar um Carlisle entrando com roupas molhadas por conta da chuva. A euforia foi geral. Thomas correu para os braços do pai em um abraço carinhoso. Edward não ficou para trás e foi também. Esme recebeu seu noivo com um beijo amoroso que retribuiu beijando também a barriga visível e Sam abraçou o amigo carinhosamente.
-Será que o pai, padrasto, noivo e amigo poderia vir aqui dar um abraço nessa pobre mãe incapacitada? Ele veio até mim e me abraçou ternamente.
-Como estão meus pimpolhos? Perguntou alisando minha barriga.
-Loucos para sair. Quer dizer, pelo menos eu estou louca para que eles saiam. E  não é a única. Depois de todos os abraços e palavras de carinho, a família se reuniu para jantar. Eu nunca havia me imaginado em uma família grande assim. Mesmo com Alice e Esme eu me sentia fora do meu lugar. Mas agora, principalmente pelos bebês que estavam para chegar, minha vida seria cheia de alegria e cor. Depois de por Thomas para dormir, Carlisle e Esme se retiraram. Talvez eles fossem matar as saudades, já que ele não havia aceitado que ela fosse até lá para visitá-lo. Eu também queria me deitar, meus pés gritavam de dor. Edward a todo custo quis me levar no colo, e depois de muito protestar, acabei aceitando. Alice e Sam pareciam em outro universo. Seus olhos estavam conectados e eles nem notaram quando dissemos boa noite. Edward me deixou na cama e depois me ajudou a colocar a camisola. Agora, sexo já não era possível por causa do barrigão, e também, Edward tinha medo de machucar os bebês. Mas eu ficava satisfeita apenas de estar ao seu lado. Com seus braços ao meu redor, acariciando nossos filhos enquanto sua boca trabalhava em meu pescoço. Era sempre assim, ele cantava uma música calma e suave até o sono me tomar completamente.

POV_CARLISLE

Todos os dias que eu estava naquele lugar horrível eu pensava em minha família. Em cada um deles e também os que ainda nem haviam nascido. Cada coisa nojenta e suja que havia visto naquele lugar, me fez ver o que eu teria me tornado se, primeiramente, Bella não tivesse entrado na vida de Edward. Pois foi aqui que tudo começou. No momento estúpido que eu tentei separá-los que eu acordei para a realidade. Eu estava perdendo meu filho, e conseqüentemente minha vida. Eu estava agindo completamente errado. Eu deveria descontar minhas frustrações em Eliza, ela me transformou no homem amargurado e desprezível. Mas agora eu estava voltando para minha vida. Para minha família. A chuva caia em meu corpo, e eu não me importei, deixei que ela lavasse minha alma. Não havia frio, não havia medo. Eu estaria voltando para continuar de onde eu parei. O que realmente importava é que eu estava recomeçando. Depois que eu dei uma chance para mim mesmo, tudo mudou. Para melhor. Eu sofri muito nesse tempo sozinho? Mas foi uma forma de aprendizagem. Se eu chorei? Cada dia que eu pensava nas pessoas que eu amava. E agora eu permitia que a chuva limpasse minha alma. Se eu tenho raiva de algumas pessoas, mas especificamente Eliza? Não, eu recebi o perdão, e saberia perdoar também. Mas perdoar não significa consentir. Eu havia perdoado, mas não estava de acordo. Acreditei que tudo estava perdido? Não, pois eu sabia que eles estariam me esperando. Para recomeçar. Para redescobrir prazeres nas coisas simples da vida. Eu descobri que cada novo dia é um bom dia para começar novos desafios. Onde eu quero chegar? Quero ir alto? Bom, até certo ponto sim. Quero o melhor do melhor para oferecer aqueles que amo. Quero as coisas boas da vida não só para mim, mas para eles também. Eu esvaziei meu coração das coisas ruins do passado e agora estou pronto para a vida. Pois eu sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura. (Nota da autora adaptação do texto de Carlos Drummond de Andrade). Aquela recepção me abalou. Eu não estava pronto para aquilo. Eles estavam tão diferentes e tão iguais. Era inexplicável. A união, ternura e carinho que irradiava de cada um deles me desarmaram. Não eram necessárias palavras tipo, ‘eu te amo’. Elas estavam no olhar, nos gestos de cada um deles. Amanhã eu levaria Edward e Thomas para passar o dia apenas nós três. Pai e filhos.  Mas hoje minha atenção seria voltada completamente para Esme. Hoje eu era dela. Eu iria amá-la intensamente essa noite de tempestade. Senti tanta falta de seu corpo que irradiava carinho. Eu queria mais que tudo mostrar meu amor para ela. O quanto eu a adorava e a venerava. Ela era uma mulher forte. Confiante. Transmitia-me paz. Mas meus planos foram interrompidos por um grito estridente de Bella no quarto ao lado. Corri para lá, e todos já estavam ali também. Edward estava desesperado, a cama estava com muito sangue e Bella se contorcia.
-O que vamos fazer? Perguntou Alice tensa. -Não tem como levar ela para o hospital com essa chuva.
-Eu vou fazer o parto. Falei confiante. Ninguém pareceu discordar disso. Eu tinha que agir rápido. Seria a primeira vez que eu faria isso. E seria logo com meus netos. Será que meu coração agüentaria tantos sentimentos que se passavam dentro de mim. Mas eu tinha que lutar. Bella precisava de mim, assim como meus netos.
Deixei o medo de lado e me concentrei em ser o médico ali, e não o avô. Mas eu estaria sempre ciente de que eu estava trazendo meus netos ao mundo.



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