Capítulo 5
“Nossa vida é definida pelo medo ou
pelo amor”
Eu
estava no meu escritório, na minha imensa mansão quando ouvi o barulho da
fechadura da porta da sala. Fui imediatamente para lá, presenciando Edward
começar a subir as escadas com um sorriso idiota no rosto.
-Posso
saber onde estava até essa hora? Perguntei rudemente fazendo ele se assustar
com minha súbita aparição.
-Estava
andando por ai. Respondeu entediado.
-Acha
que eu sou idiota? Perguntei tentando conter minha fúria.
-Se
a carapuça servir. Respondeu sarcástico.
-Presta
bem atenção garoto. Disse me aproximando dele. -Acho bom você não estar se
envolvendo com ninguém, pois você sabe que eu posso muito bem descobrir quem é
e acabar com essa pessoa.
-NÃO!
NÃO OUSE SE APROXIMAR DELA! Gritou ele
vindo para cima de mim e parando no meio do caminho. Sorri vitorioso, havia
jogado verde para colher maduro.
-Quer
dizer então que você tem uma namoradinha. Mais que coisa mais... RIDÍCULA.
-Eu
não vou ficar aqui ouvindo seus lamentos Carlisle. Disse ele se dirigindo para
o quarto no segundo andar da casa. Ele não me chamava mais de pai. Não depois
de tudo o que aconteceu, fui para meu escritório, lá era meu refúgio. Mas
também, lá era o lugar onde eu me afundava nas lembranças. Eu estava no último
ano da escola. Minha vida era bastante estável, eu poderia dizer que tudo era
perfeito. Menos por um detalhe, eu amava a mulher errada. Elizabeth, era a
mulher mais doce e delicada que eu já havia visto em minha vida, foi impossível
não me apaixonar imediatamente, mas infelizmente ela não tinha olhos para mim,
sua atenção era toda para Aro Volturi. Digamos que nós éramos “inimigos”. A sala
era dividida em duas turmas, eu era o capitão do time de futebol e ele o capitão
do time de basquete. E nós disputávamos a mesma mulher. Eu sempre notei que ele
tinha vergonha de Eliza por ela ser pobre, nunca saiam juntos, pois isso
poderia queimar o filme do filho de deputado estadual. Eu não me importava com
a diferença na classe social entre mim e ela, se fosse para ter o seu amor, eu
aceitava até ser deserdado pelo meu pai. Eu me aproximei dela, tornamos amigos
muito próximos, mas ela sempre me considerava seu irmão, mesmo sabendo dos meus
reais sentimentos por ela. Eu pensei que havia perdido tudo quando ela anunciou
seu namoro com Aro, mas eu não esperava que tudo fosse dar uma volta de
trezentos e sessenta graus após receber sua triste notícia.
Flashback ON
Estava
em casa esperando Eliza, pois tínhamos marcado de estudar para prova de
biologia. Os minutos passaram lentamente até que finalmente ouvi o barulho da
campainha. Fui atender prontamente com um sorriso no rosto, ansioso para ver
minha amada novamente. Mas meu sorriso morreu quando eu vi sua expressão, ela
chorava desesperadamente, os olhos estavam inchados e havia uma marca de uma
mão em seu rosto. Ela se jogou nos meus braços, pedindo socorro
silenciosamente. Abracei seu corpo pequenininho e a levei até meu quarto.
Deixei-a deitada na cama, até seu choro finalmente acabar.
-O
que houve minha pequena? Perguntei carinhosamente.
-Eu
estou grávida. Sussurrou ela. Merda, agora eu havia a perdido de vez.
-Foi
seu pai que fez isso com você? Perguntei tocando a mancha vermelha e seu rosto.
-Não...
Foi o Aro. Senti meu corpo todo tremer de raiva, aquele idiota, hipócrita.
-Não
se preocupe pequena, vou cuidar de você.
-Meus
pais vão me mandar embora de casa, eles nunca irão aceitar eu estar grávida sem
um pai!
-O
que aquele idiota disse que não queria a criança? Perguntei incrédulo.
-Ele
disse que eu era vagabunda, que estava tentando dar o golpe da barriga nele e que
nunca iria assumir o filho de uma pobre. Disse voltando a chorar. Abracei seu
corpo ternamente, odiando o cara idiota que havia a feito sofrer tanto.
-Não
se preocupe pequena, seu bebê tem um pai sim. É só você aceitar se casar
comigo, eu assumo seu filho, ninguém precisa saber que ele não é meu de
verdade.
-Não
posso permitir que você destrua sua vida comigo Carl, não posso.
-Pode
sim pequena, você sabe que eu te amo mais que uma amiga. Não será sacrifício
nenhum o que estou fazendo por você.
-Obrigado
Carl.
Flashback OFF
Uma
semana depois anunciamos aos nossos familiares sobre a gravidez e o casamento.
O pai dela queria me matar, mas só não o fez por eu ter assumido meu erro. O
casamento foi perfeito, ela estava realmente se esforçando para ser uma esposa
“normal”. Tivemos uma lua de mel realmente verdadeira, ela havia se entregado a
mim, nossa vida de casado foi, inicialmente, perfeita. Os meses de sua gravidez
foram conturbados, a gravidez era de risco e sempre tínhamos cuidado excessivo
com ela. Com o tempo eu fui realmente amando aquela criança que ela carregava
em seu ventre. Se Aro não a queria, ela seria minha, só minha. Quando descobrimos
o sexo do bebê, ela me deixou escolher o nome, seria Anthony, nome do meu avô.
Mas acabei por escolher Edward. Edward significa sempre alerta, agilidade,
sintonia com o mundo, espírito aventureiro. Meu filho seria tudo isso, seria
perfeito. E ele foi. Lembro-me perfeitamente do dia em que o vi pela primeira
vez. Eu fiquei admirado, a devoção que eu sentia por aquele pedacinho de gente
era imensa. Sua beleza, felizmente, havia sido herdada totalmente de Eliza.
Aqueles tufinhos pequenos de cabelos bronze marcavam perfeitamente o homem que
ele se tornaria um dia. Fiz muitos planos para nós, iríamos jogar bola com seus
amigos, eu o levaria para a escola, estaria sempre do lado dele. Lembro-me
perfeitamente do dia em que ele havia se machucado na escola.
Flashback ON
Estava
em meu escritório quando minha secretaria Irina entrou meio assustada.
-Senhor,
ligaram da escola do seu filho. Parece que ele se machucou. Disse apreensiva.
-O
quê? Como ele esta? Perguntei desesperado.
-Não
sei, apenas falaram para você ir buscá-lo.
-Cancele
tudo que estiver marcado para hoje, não vou voltar mais. Sai desesperado, indo
direto para a garagem pegar meu carro. As ruas estavam pouco movimentadas e o
sinal vermelho estava me prendendo inutilmente, pois não havia carro nenhum.
Sem me importar com mais nada a não ser com meu filho, acelerei o carro e
ultrapassei a sinal. Menos de cinco minutos depois, o barulho da sirene e as
luzes azuis e vermelhas piscaram no retrovisor do um carro. Parei a contragosto enquanto esperava o policial se
aproximar.
-Documentação,
por favor. Pediu educadamente, comecei a procurar minha carteira dentro da
porta luvas e não achei.
-Merda!
Dei um soco no volante. -Olha Chefe, eu sair desesperado, pois ligaram da
escola do meu filho dizendo que ele havia se machucado. Nem me lembrei de pegar
minha carteira.
-Bom,
não posso deixar de dar uma multa por estar dirigindo sem carteira e
ultrapassar o sinal vermelho, mas vou te fazer um favor de não apreender seu
carro. Sei o que é ser pai! Disse sorrindo amigavelmente. Ele me passou uma multa
realmente cara e me liberou, mas não antes de me alertar.
-Que
isso não se repita novamente senhor.
-Sem
dúvidas.
Voltei
a movimentar o carro e logo estava na frente da escola. Corri direto para a
secretaria e o vi, sentado em um banco com a calça levantada até perto da sua
coxa e seu joelho sangrava, mas como os arranhões eram praticamente inocentes.
Rosalie estava ao lado dele, segurando em sua mão. Sorri para a amizade dos
dois, talvez fosse à hora de dar algum irmão para Edward. Levei-o para casa e
fiz o curativo em seu joelho. Ri de tudo que havia acontecido hoje, mesmo sendo
um machucado bobo, qualquer pai ficaria desesperado e sem saber o que fazer com
um filho machucado.
Flashback OFF
Eu
sempre me achava um pai bobo e idiota, mas ver a alegria do meu filho não tinha
preço. A lembrança mais feliz que eu trazia em minha memória foi de seu
aniversario de sete anos. Ele havia me interrogado sobre garotas. Eu não sabia
o que fazer. Ele perguntava se beijar na boca era bom e porque ele não sentia
vontade de ficar perto das meninas. Inicialmente me preocupei com sua opção
sexual, mas notei que na idade dele, era normal ainda não se interessar por
meninas. Havia muitas lembranças felizes que eu trazia do passado até hoje. Eu
sentia falta daquele tempo. Sentia muita falta. Um tempo após o aniversário de
sete anos do Edward, Eliza começou a se comportar estranhamente. Passava muito
tempo fora de casa, e não se importava mais comigo ou com o Edward. Na frente
dele, ela o tratava bem, mas quando estávamos somente eu e ela, ela reclamava
que ele estava sendo muito chato e eu mimava demais ele. Que o menino iria
virar o bobão quando ficasse grande. Não estava compreendendo esse
comportamento extremamente hostil de Eliza, mas no dia em que Aro Volturi entrou pela
porta de minha casa, tudo mudou.
Flashback ON
Edward
estava assistindo desenho animado na TV enquanto eu analisava uns documentos
que havia trazido do trabalho. Eliza ainda não havia chegado do trabalho, e eu
estranhei isso, pois ela sempre chegava antes de mim. Ouvi a porta da frente se
abrir e fui prontamente receber minha esposa. Fiquei estarrecido quando eu vi a
imagem na minha frente. Eliza havia parado na soleira da porta ao lado de um
homem que olhava divertidamente para Edward, eu sabia muito bem quem era ele,
Aro Volturi.
-O
que faz aqui? Perguntei nervoso. -Você o deixou entrar aqui Eliza? Perguntei.
-Precisamos
conversar Carlisle. Disse ela. Na hora em que vi Aro se sentar ao lado de
Edward, que o olhava confuso, sentir todo o sangue do meu rosto sumir. O que
aquele desgraçado queria com meu filho.
-Olá
criança, como se chama? Perguntou se fazendo de amigo. Ele olhou para mim e
depois para Aro.
-Edward.
Respondeu coçando os olhos de por causa do sono, Aro abafou uma risada e olhou
divertido para mim.
-Que
nome gay. Disse ele como se meu filho não estivesse em sua frente, eu queria
avançar para cima daquele desgraçado. Edward olhou novamente para mim, com o
semblante triste e eu fui até ele, pegando-o protetoramente em meu colo.
-Olha
como fala com meu filho Aro, você está em minha casa. Ele apenas riu
sarcástico. Subi as escadas em direção ao quarto de Edward e o deitei na cama.
-Pai,
quem é aquele homem e porque ele não gostou de mim? Perguntou triste e confuso.
-Não
ligue para ele filho, é apenas um bobo que não sabe o que diz. Seu nome é muito
lindo sabia? Disse tentando demonstrar tranqüilidade. Mas na verdade eu estava
assustado.
-Conta
uma história para eu dormir? Pediu ele fazendo careta. Eu sorri.
-Hoje
não posso. Papai tem que conversar com aquele homem. Prometo que amanhã eu
conto quantas histórias você quiser. Prometi.
-Certo!
Boa noite pai.
-Boa
noite filho. Disse beijando sua testa e
cobrindo seu corpo com a manta que havia ali. Voltei para o andar de baixo e a
cena que eu presenciei novamente me deixou em choque. Eliza estava
sendo beijada violentamente por Aro. Beijo esse que eu nunca havia dado nela
antes. Tinha luxúria desejo e cumplicidade. Eu estava confuso. O que era isso?
Porque ela estava fazendo isso comigo? Depois de tudo que eu havia feito por
ela. Pigarreei e eles se separaram sem mostrar qualquer constrangimento ou
surpresa por eu ter pegado-os no flagra.
-Vamos
para o escritório. Disse ela. Caminhamos até lá rapidamente. Eu me sentia sufocado,
enganado.
-O
que significa isso? Perguntei.
-Eu
quero o divórcio. Disse ela
simplesmente.
-O
que, por quê? Perguntei sem entender nada.
-Porque
não quero mais nada com você. Aro voltou, disse que se arrependeu pelo que fez
e decidi dar uma chance para ele.
-Porque
está fazendo isso com a gente? Perguntei sentindo minha voz falhar e Aro rir
com isso.
-“A
gente”? Não existe e nunca existiu “a gente” Carl. Disse como se fosse óbvio.
-Como
não? E todos esses anos que vivemos juntos? E o Edward?
-É
um otário mesmo. Disse Aro.
-Carlisle,
eu realmente não queria te falar a verdade. Mas se você realmente quer saber, vou
contar. Só para avisar, vai se arrepender de querer saber a verdade.
-Nos
nunca nos separamos. Começou Aro. -Todo aquele teatro que ela fez para você era
mentira. Pelo menos em partes, eu não poderia assumir esse filho, pois isso
seria um problema para minha futura carreira política. Então minha queria Eliza
teve a brilhante idéia de se fazer de vítima para você. E como o idiota
apaixonado que você era, iria aceitar em fazer a coisa certa que era assumir a
bastardo.
Eu
sentia um buraco em meu peito. Um vazio. Tudo era mentira, tudo mentira. Eu
queria matar esses dois filhos da puta. Enganaram-me o tempo todo.
-Se
você não queria ter o filho, porque você não tirou? Perguntei furioso.
-Simples,
eu ainda era menor de idade e se fosse abortar teria que ser uma clínica
clandestina. Eu não iria correr o risco de morrer e como eu não poderia me
casar com o Aro naquela época, aproveitei que você tinha uma queda por mim,
para ter uma vida sossegada até o dia em que meu amado voltaria. Disse ela indo
beijar ele, eu sentia vontade de vomitar.
-Bom,
agora eu vou indo. Disse ela. -Minhas malas já estão prontas.
-E
o Edward? Perguntei desesperado, eu não sabia se queria ele aqui ou se queria
que ele fosse com ela.
-Pode
ficar a utilidade que ele tinha para mim já passou.
Flashback OFF
Depois
desse dia minha vida acabou. Ela foi embora com Aro e me deixou naquela casa
cheia de lembranças, com o Edward. Eu não falava mais com ele, só de olhá-lo eu
me lembrava dela e tinha vontade de vomitar. Ficava o dia inteiro no trabalho e
nos fins de semana me embebedava e nem olhava para cara de Edward. Eu via a
tristeza em seus olhos, mas nada que fosse comparada a minha própria tristeza. Com
o tempo eu perdi o emprego por ter agredido um dos meus colegas de trabalho que
havia me ofendido dizendo que eu não havia dado conta de minha esposa. Eu bati
tanto nele que teve que ser internado. Fiquei uma semana preso, até finalmente
conseguir pagar a fiança. Minha ficha ficou manchada e ninguém mais me
contratou. Havia apenas uma solução, ganhar
dinheiro de uma forma suja. Tráfico de drogas. Isso me fez ganhar muito
dinheiro, mudei da casa onde morava com Edward e fui para a mansão que moro
atualmente. Paguei para uma mulher cuidar de Edward e mantê-lo sempre longe de
mim, pois não queria ver sua cara e me lembrar da desgraçada de sua mãe. Mas no
dia em que Edward
veio tirar satisfação e eu vi os seus olhos, que eram os mesmo de Aro e Eliza,
eu enlouqueci. A fúria que eu senti por aquele menino que eu criei como filho
era imensa. A partir desse dia eu comecei a levá-lo para meus negócios.
Obriguei-o a usar drogas e com o passar do tempo ele se tornou um viciado. E me
sentia morto, sem vida. Eu não sabia o que estava fazendo, eu só queria
dinheiro e mais dinheiro. Quem sabe assim eu poderia acabar com a vida de Aro. Eu
nunca pensei que chegaria tão baixo. Nunca pensei que chegasse ao ponto de
matar um homem. Mas eu o fiz, com muito bom grado. Eu matei o filho da puta que
havia violentado Edward. Foi a partir desse dia que eu senti que ainda havia
espaço para meu filho dentro de mim.
Flashback ON
Eu
tive uma entrega importante para fazer hoje, e era logo no dia em que a babá
tinha folga. Não levava mais Edward para as entregas então ele teve que ficar em casa. Ele não estudava
mais, eu não poderia correr o risco de ele contar para alguém o que eu fazia.
Pedi para um de meus seguranças ficarem com ele em casa. Caius aceitou,
pois eu iria pagar um pouco mais pelo serviço prestado. Infelizmente ocorreu um
erro na entrega então eu voltei rapidamente para casa. Mas a cena que eu vi foi
grotesca e repulsiva. Edward estava amarrado em cima de uma mesa, completamente
nu e com varias marcas por seu corpo.
Ele estava desacordado e isso me preocupava, pois havia sangue saindo de algum
lugar de seu corpo. Eu estava furioso, meu instinto paterno aflorou
violentamente. A fúria me cegou e eu fui direto para meu escritório e peguei um
revolver que havia ali. Voltei para onde o corpo do meu filho estava e vi Marcos
completamente nu e com aquele membro completamente duro, olhando para meu filho
com um sorriso sacana no roso. Tossi rapidamente e ele me olhou assustado.
-SURPRESA!
Disse furioso e com a voz baixa. Sem nem
pensar duas vezes apontei o revolver para sua cabeça e disparei até a munição
acabar. Ele caiu, morte e completamente ensangüentado.
Flashback OFF
Dei
um jeito de dar um perdido no corpo e depois contratei um médico, para manter
sigilo total sobre o assunto e ele cuidou do Edward pelo resto da semana. Eu
nunca me perdoei por tê-lo sujeitado a isso. Nos nunca tocamos nesse assunto,
eu contratei um psicólogo para ele e paguei sua clínica de reabilitação. Eu me
sentia um filho da puta por fazer isso com meu próprio filho. Toda a maldade,
tudo que eu o fiz passar, não tinha perdão. Eu não voltei a fazer mal para ele,
mas sempre temia que ele se envolvesse com alguém e contasse sobre meu segredo.
Eu sentia dor pela desgraça que minha vida havia se tornado. Principalmente por
ter desgraçado a vida do meu filho. Mas uma coisa era certa, eu não poderia
deixá-lo se aproximar de ninguém. Poderia ser uma garota oportunista, poderia
ele, contar a verdade para ela e todos ficarem sabendo de toda a verdade. Foi
por isso que eu chamei Sam Winchester, um detetive meia boca que me devia
alguns favores. Já era manhã quando ele chegou a meu escritório.
-Qual
motivo do chamado amigo? Perguntou.
-Sam,
sente-se. Bom, na verdade, você me deve alguns favores e eu preciso de seus
serviços, entende?
-Perfeitamente,
o que você precisa.
-Quero
que você siga meu filho e descubra tudo sobre a suposta namorada dele.
-E
quando eu descobrir devo dar um fim na menina? Perguntou curioso.
-Não.
Você não fará absolutamente nada contra ela. Apenas vai investigar sobre sua
vida.
POV_EDWARD
Eu
estava furioso com Carlisle. Não poderia permitir que ele controlasse minha
vida e ainda ameace a Bella. Não havia conseguido dormir o resto da noite, e
quando já era cedo, fui direto a casa dela, temendo que algo de ruim tenha lhe
acontecido. Quando cheguei, havia uma mulher muito bonita cuidando de algumas
plantas que havia no jardim da casa.
-Posso
ajudar? Perguntou.
-A
Bella está? Perguntei timidamente.
-Ela
ainda está dormindo, você deve ser o Edward, certo? Ela havia falado de mim. Fiquei
surpreso com isso.
-Sim,
muito prazer.
-O
prazer é meu Edward, sou a Esme.
-Bom,
então eu volto mais tarde. Disse triste.
-É
claro que não. Disse com falsa indignação. Prendi o riso. Vou te confessar, se eu te deixar ir embora
ela e Alice vão me matar. Não entendi o que ela quis dizer, mas não falei nada.
-Pode
entrar e suba a escada e entra na primeira porta. A Bella vai adorar ser
acordada por você. Disse sorrindo carinhosamente. Fez-me lembrar de minha mãe. Por
que ela me deixou? Olhei para as rosas vermelhas que havia ali, tendo afastar
qualquer pensamento deprimente.
-Posso
pegar uma? Perguntei timidamente me referindo a rosa.
-Oh,
claro, um gesto muito bonito. Ela sorriu
e me entregou a rosa. Entrei na casa e segui o caminho que ela havia indicado.
Eu me sentia constrangido, bati na porta duas vezes e ninguém atendeu. Abri
minimamente e vi minha menina deitada confortavelmente em sua cama, toda
enrolada no edredom. Sorri para a imagem pura e inocente. Avaliei o quarto
extremamente organizado. Não era todo rosa e cheio de ursinhos como eu
imaginava ser o quarto de uma garota. Ele era apenas, Bella. Eu não queria
acordá-la, então entrei ainda mais no quarto a procura de algum lugar para
sentar. Foi ai que eu notei um lindo piano de caldas no canto do seu quarto.
Fiquei admirado com a beleza do instrumento. Será que ela tocava. Fui até o
canto de sua cama e me sentei no chão, ao seu lado, olhando seu rosto de anjo.
Peguei a rosa e passei suavemente por suas bochechas, lábios e pescoço. Vi seu
corpo se arrepiar e me senti estranho. Bella foi à primeira mulher que me
despertou desejos. Desde que aquele troglodita fez o que fez comigo, eu nunca
me imaginei sentindo desejo por ninguém. Mas ela despertou isso em mim. Ela
suspirou pesadamente e abriu os olhos. Ela me olhou por alguns segundos e
depois fechou os olhos. Eu sentia que aquela situação era ridícula. Ela voltou
abrir os olhos e bufou frustrada.
-Oh,
merda. Sussurrou.
-Bom
dia. Disse timidamente. Ela me olhou chocada, abriu a boca para falar alguma
coisa, mas nem um som saiu. Sorri, sem conseguir me conter.
-Não
é um sonho? Perguntou ela confusa. Ela achava que estava sonhando com minha
presença? Hilário.
-Desculpe-me
entrar assim em seu quarto, mas sua tia permitiu. Expliquei-me.
-Tudo
bem, eu só não esperava que você viesse tão cedo.
-Desculpe,
não quis interromper seu sono, mas eu só queria ter certeza que estava bem. Eu
falei. Ela me olhou profundamente por alguns minutos e depois sorriu.
-Me
dá dois minutinhos?
-Perfeitamente.
Ela foi para uma porta, que provavelmente era o banheiro, e logo depois voltou
e me surpreendeu ao me abraçar fortemente.
-Obrigado
por vir, eu adorei a surpresa. Abracei seu corpo protetoramente, temendo que
algo de ruim lhe acontecesse.
-É
para você. Disse lhe estendendo à rosa.
-Ah,
é linda, obrigado. Quando ela pegou a rosa, imediatamente a soltou, um espinho
havia furado seu dedo e ela gemeu baixinho em desgosto.
-Oh,
eu sinto muito. Disse segurando seu dedo
furado.
-Sem
maiores danos. Ela disse. Levei seu dedo
até minha boca e suguei todo o sangue que havia ali. Ela me olhava timidamente
e eu tive vontade de rir pelo meu ato, ousado.
-Vou
te levar para tomar café, aceita? Propus.
-Oh,
eu não tomo café de manhã. É costume, desculpa. Disse envergonhada.
-Sem
problemas. O que você quer fazer? Perguntei.
-Saber
mais sobre você. Disse baixinho. Claro. Essa hora iria chegar e eu iria começar
a contar o dia em que eu tive a maior dor física em toda minha vida. Sentei
junto com ela em sua cama, ela estava com as costas em meu peito e a cabeça
encostada em meu ombro.
-Eu
tenho uma coisa para te contar e não é nem um pouco agradável, se você sentir
nojo de mim, pelo amor de Deus, fale que eu não vou aparecer em sua vida nunca
mais. Disse e senti seu corpo estremecer.
-Não
fale assim, eu não quero que você vá embora.
-Vamos
ver se você vai continuar com essa idéia depois do que eu te contar, falei
sombriamente.
-Pode
falar Edward, eu não vou te julgar. Murmurou.
-Eu
sei. Disse me desculpando pelas palavras
hostis.
-Teve
um dia em que meu pai saiu para trabalhar e a mulher que ficava comigo estava
de folga, por isso meu pai pediu a ajuda de um dos seus seguranças. Meu corpo
tremia com a lembrança desagradável. Senti a mão de Bella segurar a minha
fortemente e continuei. -Eu ainda era uma criança e ele me chamou para brincar,
só que eu não entendia qual a brincadeira que ele queria. Não iria falar muitos
detalhes, iria direto ao ponto. -Ele me violentou. Senti o corpo todo de Bella
tremer e ela se virar abruptamente para mim. Senti meu rosto corar e me senti
sujo. Ela tremia e seus olhos estavam molhados.
-Eu
sinto tanto Edward. Disse ela tocando meu rosto suavemente. -Não se preocupe, é
claro que eu não vou sentir nojo de você Edward, isso é impossível.
-Mas
Bella, isso é repulsivo, nojento. Senti seus dedos em meus lábios me calando.
-Não
fale assim Edward, você não teve culpa.
-Você
é tão pura Bella, tão perfeita, é um anjo. Disse olhando em seus olhos. -Eu
nunca pensei que fosse ter coragem de tocar em alguém novamente. Nunca pensei
que fosse ter vontade de beijar e abraçar, mas você despertou isso em mim
Bella, você trouxe vida em muitos pontos mortos que havia em mim. Ela sorriu
genuinamente e me abraçou. Eu estava tão satisfeito por ter lhe contado a
verdade, ela não havia fugido de mim, ela não me abandonou.
-Eu
amo você. Sussurrei olhando diretamente em seus olhos. Sim, eu a amava, mais do
que qualquer outra coisa. -Obrigado por me trazer de volta a vida. Ela apenas
ficou me olhando com seus olhos de chocolates, que agora pareciam mel.
-Me
deixe te amar Edward? Deixe-me te amar e me ame também. Sussurrou olhando fundo
em meus olhos. Deus, ela não estava propondo que eu, que nós, céus! Ela queria
isso mesmo? Eu queria também? Sim definitivamente eu queria muito poder amá-la
intensamente.
Todos os capítulo Aqui.
Todos os capítulo Aqui.
1 comentários:
ownt que lindo a ultima parte s2'
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