quarta-feira, 28 de março de 2012

FANFIC MAX WOLF - CAPÍTULO 5


Capítulo 5

Assim que chegamos à Forks, nos hospedamos no La Push Ocean Park Resort, só até podermos comprar uma casa - tínhamos que parecer normais, independente de quanto custasse; e comprar uma casa e se mudar para uma outra cidade, como Forks, era normal, para muitos.
Chovia na cidade. Logo, descobri que isso não era nenhuma novidade. No dia seguinte procuramos uma imobiliária para comprar uma casa.
A vendedora da imobiliária Smith, uma mulher loira e extravagantemente comunicativa, disse claramente que não éramos a primeira família estranha a se mudar para a cidade, e que íamos conhecê-los, porque a única casa à venda, que atendia às nossas necessidades (ser grande e isolada), era vizinha à propriedade dos Cullen, "a outra família estranha".
Após uma semana, afogando as mágoas na água da chuva perene que caía sobre Forks, além de eu me culpar pela perda de quase toda minha alcatéia, nós fomos visitar nossa futura casa.
Não ficava na cidade, mas nas propriedades ao lado da rodovia, antes da casa dos Cullen.
Os Cullen eram pessoas famosas na cidade. O pai era médico, os filhos eram todos já formados na Forks High School... Eram um exemplo, mas ainda sim, diferentes. Não nos importamos muito com o porque.
Nossa casa era um pouco maior do que a antiga, em Toronto, no Canadá. Era clara, cercada por cedros e pinheiros enormes. Uma clareira se projetava à frente da entrada da casa.
Entramos, Jensen, Dean, e eu. Percorremos os cômodos em silêncio - falávamos muito pouco desde que chegamos; praticamente, respondíamos as perguntas feitas - e dissemos que nos serviria perfeitamente. A casa já estava até mobiliada.
Jensen pagou à vendedora com um cheque e nos mudamos para lá no outro dia.
Permanecemos muito tempo sem falar, sem fazer nada. Mas, naquele dia, Jensen bradou :
- Não podemos mais ficar assim, sem fazer nada. Isso não mudará a situação. Um dia, eu juro, nos vingaremos dos Volturi, mas agora temos que ser mais unidos do que nunca.
Eu não tinha pensado nisso. Jensen estava certo. Agora, éramos apenas três lobisomens.
E ter sua alcatéia reduzida, enfraquece qualquer lobisomem.
- Vamos nos acomodar por essa cidade, e depois vamos para Londres. - disse Jensen.
- Os Potter? - perguntei, me referindo a uma alcatéia de 7 lobisomens que vivia escondida na capital da Inglaterra.
- Sim. - respondeu Jensen, suspirando.
Quanto tempo se passou desde que nos vimos, os Wolf (Dean agora era um Wolf também) e os Potter. Foi numa viagem há 10 anos. Ficamos amigos numa caça na Austrália, que quase dizimou os cangurus da região - minha alcatéia sempre viajou muito nas férias.
Eles fiariam perplexos com o ocorrido.
- Certo. - disse eu. Depois expliquei à Dean quem eram os Potter.
Agora, só nos restava esperar um tempo para sermos esquecidos e depois nos unir para decidir o que fazer.

Eu comecei a orar no meu quarto e percebi que a morte era, na verdade, um lucro para quem acredita em Deus. Livra-nos da tentação, do mal, e nos deixa tão mais próximos da volta de Cristo. Eu tinha essa teoria de que, quando morríamos, era como dormir e acordar já no Apocalipse, no Juízo Final. Mas só Deus sabe como é. Orei por Jensen e por Dean, e pareceu funcionar, pois fomos caçar naquele mesmo dia, levemente mais alegres do que antes.
Estávamos chegando perto da casa dos Cullen, nossos vizinhos. Foi então que eu senti o cheiro, doce e atualmente repulsivo: vampiros.
Aliás, nós três sentimos aquele odor. Paramos e nos olhamos. Eu comecei a rosnar alto, depois de ouvi passos leves e rápidos que indicavam a aproximação de alguns vampiros. Mas, tinha algo mais, algo grande, com quatro patas... Um urso, talvez? Não, era maior.
Foi então que os quatro apareceram, correndo sem nos notar. Eram dois vampiros, uma criança e um lobo enorme, de pelo castanho. Eles nos viram e pararam subitamente.
O vampiro, alto de cabelos cor de bronze, nos olhou com uma curiosidade assustadora através de seus olhos escuros, o que indicava sede.
A vampira, de cabelos castanhos e olhos com íris levemente avermelhadas, olhou para o vampiro ao lado dela e segurou a mão da garota, outra vampira, pelo jeito (podia aparentar ser mais velha, mas eu sabia que tinha só alguns meses de vida, pelo odor fresco e jovem dela). A garota se parecia muito com a vampira, mas tinha os cabelos da cor dos cabelos do vampiro, só podia ser filha deles, uma coisa da qual eu nunca ouvira falar.
O enorme lobo começou a rosnar para Jensen, depois para Dean, mas, quando ele olhou para mim, levantou as orelhas e torceu levemente o pescoço.
- O que? - perguntou o vampiro, olhando para o lobo. Talvez o vampiro soubesse ler mentes; eu já ouvira falar dos dons que o veneno vampiro despertada em alguns.
O lobo foi para trás de uma árvore e diminuiu de tamanho, sob ossos estralando. Saiu de lá como um jovem, alto, musculoso, com cabelos curtos pretos e pele castanho-avermelhada. Não vestia nada mais do que shorts e me olhava fixamente.
- O que fez comigo? - perguntou o jovem musculoso ex-lobo.
- O que houve ? - perguntou a vampira.
- Jacob teve imprinting com aquele garoto... - disse o vampiro alto, confuso, apontando para mim.
Nesse momento, todos olharam para mim, até mesmo Jensen e Dean.
- Como assim imprinting, Edward ? - perguntou novamente a vampira.
- Não sei, Bella, apenas aconteceu, como com a Renesmee. É estranho, não posso ler a mente dos três! - disse o vampiro, Edward.
- É porque somos lobisomens... - disse Dean, antes de levar uma cotovelada de Jensen.
Os vampiros e o garoto-lobo, Jacob, nos olharam pasmos, com olhos arregalados.
- Papai, eles não são maus. - disse a garota.
- Renesmee, quieta. - disse a vampira, Bella, docemente para a filha, Renesmee.
A árvore genealógica estava formada entre os vampiros. Mas, um vampiro deveria temer ou tentar matar qualquer coisa que fosse tão próxima de um lobisomem, como era Jacob. Um lobo enorme poderia ser tachado como lobisomem, apesar de não o ser.
Eu me senti meio à vontade demais perto de Jacob, e tomei coragem para fazer uma pergunta cuja resposta eu já tinha em mente.
- O que é imprinting ? - perguntei, olhando nos olhos dele.
- É uma paixão ardente que um lobo Quileute tem para com o mais possível ser que possa dar continuidade à espécie. Como um desejo! - disse ele, como se não pudesse se negar a responder uma pergunta minha.
- E ele está certo ao pensar isso ! - disse Jensen, do nada.
- Como assim? - perguntou Dean, quase tão curioso quanto eu.
Mas todos ouviram o som de um carro, tocando "Judas", da Lady GaGa, em um volume muito alto. Eram humanos, e mais de um. Conversavam e gritavam.
- Acho melhor conversarmos sobre isso outra hora e em um outro lugar. - disse Jensen, olhando para Dean e eu.
- Não! - gritou Jacob, olhando para Edward, Bella e Renesmee. - Eu tenho que saber.
Edward fitou profundamente os olhos dele por um instante.
- Acho que não tem problema, se eles se controlarem. - disse Edward à Jacob.
- Ah, qual é ? Eles nem se moveram desde que nos viram, é claro que se controlarão. - respondeu Jacob.
- Não me referia à eles; me referia à minha família ! - disse Edward.
- O que? Edward, é mesmo uma boa idéia? Acho que nem Jasper nem Rosalie lidariam bem com isso. - disse Bella.
- Também é pela Renesmee. - disse Edward, olhando da filha para Bella, a esposa (bem, ambos usavam alianças iguais).
- Você parece ser o líder, e, se não o for, que o real Alfa me perdoe, mas me dirigirei à você. Gostaríamos que fosse até nossa casa, sentasse e conversasse sobre o ocorrido aqui com meu pai e chefe da minha família, Carlisle. Queremos muito saber sobre vocês e sobre o que aconteceu com Jacob. Desde que os Volturi, nossa realeza, vieram para tentar matar nossa filha, Renesmee, temos nos preocupado com o futuro dela e acho que isso tem a ver com ela de alguma maneira. - disse Edward para Jensen.
- Edward, meu nome é Jensen, muito prazer. - disse Jensen, estendendo a mão para cumprimentar Edward, e assim foi feito. Edward apertou a mão dele sem medo e com firmeza. - Não tem muito à ver com sua filha, mas, se os Volturi também ameaçam à vocês, acho que isso nos torna aliados em uma guerra. Sim, iremos com vocês. - completou Jensen.
- Ótimo. - disse Jacob e começou a correr na direção em que vieram.
Todos nós o seguimos.
Corremos muito até parar à frente de uma casa grande e clara, localizada entre enormes cedros. Só pelo cheiro percebia-se que era uma casa de vampiros. E havia alguns do lado de dentro.
- Alice está "cega" novamente! - disse Edward.
- Você pode ler mentes? - perguntei logo; como ele sabia das coisas, respondia perguntas ainda não feitas e tudo o mais? Ou lia mentes, ou era louco.
- Sim! - respondeu ele, com um sorriso. Graças à Deus os dons sobrenaturais dos vampiros não agiam sobre os lobisomens.
Todos nós entramos pela porta da frente. Em uma sala ampla e muito iluminada, estavam sentados seis vampiros, conversando, mas sabendo que alguém mais chegava.
A garota correu para um vampiro alto, loiro, com um ar superior - Carlisle, provavelmente - e tocou-lhe a face por um bom tempo.
- Que extraordinário! Lobisomens de verdade! - disse ele, olhando para Jensen, Dean e eu.
Os outros cinco vampiros na sala congelaram, também nos olhando, abismados.
- Você deve ser Carlisle! - disse Jensen, estendendo a mão para o vampiro alto e loiro.
- Sim... Jensen ! - disse Carlisle, cumprimentando-o. - É uma honra recebê-lo em minha casa.
- Honra? - perguntou Jensen, meio que sem entender.
- Sim, uma honra. Sei quem você é, o único lobisomem que Caius não conseguiu matar. Acredite ou não, você era, e creio ainda ser, famoso entre os Volturi. - disse Carlisle, sorrindo.
- Ok. - disse Jensen. - Mas, isso significa que você é ligado aos Volturi, certo ?
- Na verdade, já fui um deles; há muito tempo atrás. Mas resolvi abandoná-los. São apenas uma lembrança, que nos visita de vez em quando. - respondeu Carlisle.
- Nem me fale! - disse Jensen.
As apresentações se seguiram, assim como as conversas entre Jensen e Carlisle. Logo, todos os nomes (e habilidades) foram revelados.
- Pelo menos, vocês cheiram melhor que Jacob e a alcatéia dele! - brincou Alice, rindo para mim.
- Ah, obrigado, Hobbit vidente! - brincou Jacob.
- Essa foi boa, Jacob! - riu Edward.
- Mas como você explica esse imprinting, então ? - perguntou Carlisle.
- Não é imprinting realmente. É um desejo que vem do instinto de lobo. Já me encontrei com transfiguradores como Jacob. Ele deseja Max... - disse Jensen, apontando para mim -... porque o instinto dele o diz que Max seria uma parte fundamental na alcatéia.
- É, e isso aconteceu comigo; para com Dean! - eu disse.
Jacob me olhou confuso.
- E meu imprinting com Renesmee ainda está ativo. - disse ele em voz baixa.
- Ótimo. Tudo esclarecido! - disse Carlisle. - Mas, me pergunto como os Volturi conseguiram achar vocês...
Jensen havia conversado muito com Carlisle durante as apresentações.
- Deveriam estar nos procurando há anos... - respondeu Jensen. - Ah, como eu gostaria de matá-los.
- Sim, eles são uma abominação. - disse Bella.
- Ambos os odiamos. Pelo menos isso nos une! - disse Dean.
Foi quando minha mente maquiavélica trabalhou.
- Por que não os atacamos então? - eu disse.
Todos olharam para mim.
- Ora, eles são uma ameaça às duas espécies. Três, na verdade – eu disse, incluindo a espécie de Jacob - poderíamos juntar nossas forças e matá-los. Há mais lobisomens do que eles pensam existir. E eles ficariam em menor número, com certeza.
Então todos se olharam.
- É arriscado... - disse Edward. - teríamos chance? - perguntou ele à Alice.
- Estou cega! - disse ela, tentando manter a calma.
E minha mente agiu novamente.
- Bella poderia tentar nos isolar! - eu disse.
Todos olharam para mim novamente.
- Por que você não é esperto assim no colégio? - disse Jensen.
- Vou tentar, mas não prometo nada! - disse Bella, e se concentrou.
- Deu certo! - gritou Alice. - Estou vendo... uma guerra... muitos lobisomens. Os Volturi não são maioria, mas sabem lutar. Temos muitas chances de ganhar...
- Ah, Deus seja louvado! - disse Jensen.
Alice focalizou a realidade novamente disse:
- Depende da nossa decisão!
No fim de uma votação, a decisão foi SIM!
Mais do que uma guerra, seria uma guerra de tronos. Iríamos derrubar o reinado e tirania dos Volturi e levantar um novo império, no qual todos seriam livres e unidos, tanto vampiros quanto lobisomens. E eu acreditava piamente que seríamos vitoriosos nessa guerra. Nosso trono iria prevalecer...

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