terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sol e Chuva - Capítulo 4




Capítulo 4


– Jake!- sacudi seu ombro. Por mais que minha vontade é de deixá–lo dormir. Ele parecia tão cansado. Como Jake não se mexeu decidi sair debaixo dele devagar, colocando um travesseiro para apoiar a sua cabeça. Levantei e fui até a janela ver quem havia chegado. Eram Embry e Paul. – Só um pouquinho. – tentei não falar muito alto, mas quando me virei Jake já estava sentado na minha cama com a expressão confusa.

– Merda, acho que dormi. – ele disse confuso.

– Acha? Pelo ronco você capotou. – brinquei. Um travesseiro voou na minha cara, mas eu peguei no ar antes dele me atingir e joguei de volta, tão rápido que até eu me surpreendi.

Jacob me olhou desconfiado.

– É o Embry?- ele perguntou pegando o travesseiro e colocando na cama.

– E o Paul. – tentei não fazer uma careta.

– Vai trocar essa roupa indecente enquanto eu falo com eles. – ele mandou.

– Você não manda em mim não! – a adolescente teimosa se pronunciou. Eu tinha pavor que mandassem em mim, o que me dava vontade de fazer exatamente o contrário.

– Vai logo!- ele ordenou novamente. - Eles não vão entrar enquanto você tiver com essa roupa.

– Ah! Que eu saiba, eu queria trocar de roupa muito antes de você chegar e foi VOCÊ que não deixou.- cruzei os braços, teimosa.

– Eu sei, mas eu ver as tuas pernas não tem problema. - mais hein?

– Vai te fuder Jacob!

– Eita, boca–suja!

– Vai dizer que a sua namorada não fala palavrão nem usa roupas curtas?

– Ela não é minha namorada!- ele respondeu emburrado. - E realmente ela não faz esse tipo de coisa.

Perdi a pose. Claro que ela não faria. Como Jacob poderia amá-la se ela não fosse perfeita. A garota perfeita para o garoto perfeito. Ela deveria ser linda também. Engoli o choro e me sentei na cama, eu era muito idiota mesmo. Na tinha nenhuma chance. Burra, imbecil, idiota, boca–suja. Como que eu poderia ter sonhado que ele podia me amar? A dor deu lugar para a raiva. Eu estava com muita raiva de mim. Eu poderia socar a parede de tanta raiva. Vários pontos vermelhos começaram a aparecer nas minhas vistas. Foi quando eu notei que a cama tremia. O que é isso? Olhei pra baixo e vi que quem tremia não era a cama, e sim eu. Minhas mãos tremiam mais ainda. Eu as olhava espantada. Que tipo de reação é essa?

Sem nem saber como, Jacob já estava sentado ao meu lado me abraçando, me levantou da cama e me colocou sentada em seu colo.

–Shhhh, . Calma! Você tem que se acalmar!- ele passava uma das mãos nas minhas costas. – Shhhhh!- ele sussurrava em meu ouvido.

Me acalmar? Mas como eu iria me acalmar com a boca dele tão perto? Seu hálito quente queimando meu rosto, suas mãos segurando meu corpo. Minha pele se arrepiando com o toque da sua pele quente. Eu já não raciocinava mais, já não tinha mais controle. Então eu virei o rosto devagar com medo que ele se afastasse. Mas ele não o fez. Seu hálito doce acertou meu rosto. Ele me encarava surpreso. Sua respiração acelerada, assim como a minha. Jacob baixou os olhos e fitou minha boca, meu coração acelerou mais e eu senti seus lábios encostarem-se aos meus.


Sem pensar minhas mãos foram para sua nuca, puxando Jacob mais pra mim. Ele intensificou o beijo forçando minha boca para que sua língua a invadisse. Ele me beijava com força, me deixando completamente sem ar. Uma das suas mãos subiu pela minha perna parando na minha bunda. A outra apoiava minhas costas. Então ele me virou me deitando na cama e se debruçando sobre mim. Sem quebrar o beijo eu subi minha perna enlaçando sua cintura. Ele me apertou mais contra o corpo dele, se isso era possível. Mas nós precisávamos de ar, então a boca de Jake desceu pelo meu queixo, deixando um rastro de fogo por onde passava. Ele mordia e lambia meu pescoço. E eu arranhava suas costas. Mas então ele parou, o que me fez congelar. Meus olhos estavam fechados e eu só sentia as nossas respirações ofegantes.

Eu tinha medo de abrir os olhos, medo de ser rejeitada. Ah isso iria doer! Jacob foi me soltando devagar, o que me obrigou a encará-lo. Abri os olhos devagar e pude ver pela sua expressão que meus medos estavam certos. Ele me encarava confuso. Me desvencilhei dos braços dele e sentei na cama, abraçando minhas pernas.

!- Não, não, não diga que sente muito! Isso vai doer demais. - Eu sinto muito! Não devia ter feito isso. - Outch!

– Jacob. Sai.- falei com os olhos fechados tentando parar as lágrimas.

– Me perdoa?

– Sai.- serrei os dentes para evitar o grito de dor que se formava na minha garganta.

– Eu sou um idiota. Só queria que você se acalmasse!- What?

Olhei em volta procurando algo que pudesse quebrar na cabeça dele, mas o único objeto mais perto era meu violão. Isso eu não poderia fazer.

– Sai. Agora. SAI. –minhas mãos já começavam a tremer novamente.

– Estou indo. - ele disse se levantando e indo em direção a janela.

– Qual é o problema com a merda da porta?- gritei, mas ele já havia pulado.

Aproveitei que ele havia saído e corri para o banheiro. Me encostei na porta fechada e deslizei até o chão, pegando uma toalha pelo caminho para colocar na boca e abafar o grito de dor.Só uma coisa passava pela minha cabeça, brilhando como uma placa em neon: REJEIÇÃO. O que me causava mais dor. Coloquei mais uma vez a toalha na boca. Não queria que ninguém escutasse o meu desespero, mas naquela hora não havia mais ninguém pra escutar. Eu estava sozinha. Sozinha como sempre.

Me levantei com dificuldade e abri a torneira, deixando a água encher a banheira. Ele tinha razão eu tinha que me acalmar, minhas mãos ainda tremiam. Respirei fundo algumas vezes e tirei a roupa, entrando na água em seguida. As lágrimas ainda não haviam parado. Me afundei dentro da banheira ficando só com o rosto pra fora. Mesmo dentro d’água eu pude ouvir a porta da entrada se abrindo. Três pessoas entraram. Estranhei em como minha audição havia melhorado, talvez a acústica da casa fosse boa.

– Mais o que você fez?- a voz abafada de Embry chegou até meus ouvidos. Levantei um pouco para tentar ouvir melhor.

– Fiz burrada!- Jacob respondeu. Me arrependi na hora da minha curiosidade. Ele descreveu nosso beijo como burrada.

– Eu não consigo entender o porquê de tanta frescura, deixa acontecer e pronto.

– Cala boca, Paul!- Jacob parecia irritado. Mas acontecer o que?

– Mas o que você fez Jake?- Embry insistiu.

– Eu a beijei. - Jacob respondeu.

– Ah não, cara! Você não vai começar a beijar cada vez que um de nós ameaçarmos a perder o controle. – Paul provocou rindo.

– CALA BOCA PAUL!- Embry e Jake disseram juntos.

Eu não estava entendendo nada.

– Faz alguma coisa de útil, vai avisar Sam. -disse Jake. Sam? Mas o que Sam tem haver com isso?

Ouvi a porta batendo e ao passos de Paul se afastando da casa.

– Como ela reagiu?- Embry perguntou.

– Acho que ela não gostou. Ela me correu do quarto não foi?- Credo, como homem é bicho burro! Sacudi a cabeça inconformada.

– Tem certeza?- Embry perguntou incrédulo.

– Não sei! Não sei o que me deu!

– Tem certeza que beijar a já não estava passando na sua cabeça antes?- Embry perguntou.

Tentei prestar mais atenção, mas a resposta não veio em palavras. Mas que diabos! Será que ele não podia pelo menos falar o que sentia em voz alta? Logo essa que eu queria tanto saber!

– Que droga, Jake! – disse Embry.

– Nem me fale!

– Acho que vai ser logo! – Embry disse desanimado. Jacob não respondeu.

Terminei meu banho e levantei da banheira. Eu realmente não sabia se estava pronta pra desistir de Jacob. Ele realmente não tinha idéia do que eu sentia por ele. Isso me deu um pouquinho de esperança. E aquele beijo! OMG! O que foi aquilo? Ri por dentro. Alguma coisa existia entre nós. E não era uma simples amizade.

Mas primeiro eu queria saber o que estava acontecendo, nem que eu tivesse que tirar isso deles sob tortura. Coloquei o primeiro vestido que achei no meio da bagunça que estava meu quarto e penteei os cabelos. Desci bem devagar as escadas e respirei fundo antes de entrar na sala.

– Oi! – Embry se levantou e veio ao meu encontro.

– Oi!- respondi tentando sorrir um pouco. Jacob me olhava angustiado. – Vão almoçar comigo? – perguntei olhando para Embry e depois para Jacob. Eles se olharam por um instante e Jacob balançou a cabeça concordando.

– Sim. – Embry respondeu. – Como você está?- ele emendou.

– Bem. – respondi sem encará-lo, eu sabia que nunca iria conseguir enganar Embry. Ele entrou na cozinha atrás de mim abrindo um armário e pegando um pacote de Doritos de dentro dele. Incrível como ele sabia do lugar das coisas daquela casa melhor que eu.

Comecei os preparativos para o almoço, decidindo fazer uma macarronada. Jacob e Embry ficaram assistindo televisão em silêncio e aquilo já estava começando a me incomodar. Parei encostada na porta e já estava pronta pra começar o interrogatório quando meu pai chegou.

– Opa! Tudo bom garotos?- John cumprimentou.

– Hey John.- eles responderam em coro.

– Tudo bom baixinha? – ele me perguntou me dando um beijo na testa e depois indo colocar os peixes no freezer.

– Pai, nós precisamos conversar! – eu disse. John me olhou desconfiado e depois encarou os garotos. – Mas primeiro vamos almoçar.- falei despejando o macarrão em uma enorme travessa. John parecia tenso e os garotos também.

Depois que eu terminei de almoçar cruzei meus braços esperando pacientemente que os três terminassem. O que era algo que parecia que iria demorar horas pelo jeito que comiam.

– Bem, qual dos três vai ser o primeiro a me explicar o que está acontecendo aqui?- falei o mais calmamente que consegui, depois que terminei de lavar a louça. Eles se encaravam sem saber o que dizer. – Vamos, estou esperando! – cruzei os braços no peito.
- Filha, acho melhor esperar o Sam!

– Esperar Sam pra que? O que Sam tem haver com isso?- comecei a sentir minhas mãos tremendo novamente e respirei fundo para me acalmar..

– Só ele pode te dizer. – Jacob falou. Nesse momento ouvimos o chamado de Sam vindo do quintal.

– Então vou perguntar diretamente a ele!- falei saindo porta a fora com os três no meu encalço. Eu tentava a todo custo controlar minha raiva e os meus tremores, mas não estava tendo resultados. – Sam? – falei parando em sua frente o encarando e cruzando os braços para confrontá-lo. Embry e Paul estavam atrás dele e me encaravam surpresos.

– Oi !- ele respondeu calmamente.

– Pode me explicar o que está acontecendo aqui?- fechei os olhos. Agora não só minhas mãos tremiam, mas praticamente todo o corpo.

– Isso é uma coisa que você tem que descobrir sozinha, porque ninguém vai te falar nada. – ele me respondeu calmamente, mas mesmo assim com um tom de provocação. Parecia que ele queria me deixar mais furiosa.

– O que?- eu nunca havia sentindo tanta raiva na minha vida.

Sam e os outros se afastavam de mim me dando espaço, mas que queria arrancar a cabeça de alguém. Dei um passo em direção a eles, mas nesse momento todo meu corpo pareceu se projetar pra frente em um espasmo. Vi Sam e os outros se afastando mais ainda, sem tirar os olhos de mim e depois não vi mais nada. Uma onda de calor queimou minha espinha e eu não já conseguia respirar direito. Puxei o ar assustada, foi quando eu senti meu corpo expandir. Quando eu aspirei novamente, tentando recuperar o fôlego percebi que meus pulmões estavam muito maiores que antes porque uma quantidade de ar absurda entrou pelo meu nariz. Eu deveria estar caída, já que havia sido projetada pra frente, mas eu estava muito mais alta que antes. Sacudi a cabeça confusa, tentando clarear meus pensamentos. Foi quando percebi que eu estava completamente diferente. Eu tinha pêlos. Olhei minhas mãos, onde elas deveriam estar apoiadas no chão, já que eu havia caído, mas elas não estavam mais lá. Eram patas enormes e peludas com um tom cinza prat
a, que estavam no lugar.

MAS QUE MERDA TODA É ESSA?

, calma!

Olhei em volta pra ver de onde a voz de Sam vinha, mas ele não estava mais lá. No lugar de Sam estava um imenso lobo negro. O que me fez dar um pulo pra trás.

Calma, está tudo bem.

A voz de Sam novamente, mas eu notei que não vinha dele e sim de dentro da minha cabeça.

Ótimo, enlouqueci

Não , você não enlouqueceu

Jacob?

Sim

Você não é a única maluca aqui

Paul?


Aos poucos mais quatro lobos apareceram ao mau redor.

Mas alguém pode me dizer que merda toda é essa?

Você tem razão, Jake. Ela é boca suja

Cala boca Paul




4 comentários:

ahhhhhhhhhhhhhhhhh LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOO <3
POSTA MAIS E DEPRESSA

ola, este comentario e para a staff deste site:
FALEM COM ESTA RAPARIGA E DIGAM-LHE PARA POSTAR MAIS E DEPRESSA OKAY? ah e agradeçam-lhe pq graças a esta fic eu visito o vosso site 5x por diaaaaaaaa! xoxoxoxoxoxooxoxo :)

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